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A melhor frase do carnaval

Posted by Flor de Lotus on 06:02

Queridos, adoro carnaval, por isso me mantenho nesse tema... perdoem e divirtam-se.

Um repórter da Globo entrevistava o carnavalesco Milton Cunha antes de sua escola entrar na avenida e comentou sobre seu terno rosa. O carnavalesco disparou:

- Rosa não, é grená! Logo se vê que você não é bicha!

Pois é... O cara é uma figura! Vale uma conferida no blogue dele, chamado Buraco da Lacraia: http://odia.terra.com.br/blog/miltoncunha/

Só para atiçar a curiosidade, a ultima postagem dele é: 'Não crio juízo porque não sei o que ele come.....'

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carnaval maluco

Posted by Flor de Lotus on 12:46

O carnaval acabou, embora o ano ainda esteja em compasso de espera até segunda feira... Pulei todos os dias e vi muita gente doida. Doida de cerveja, doida de droga, doida da vida... Doida de pular ou fantasiada de doida. Carnaval é época de liberação. Quem se esconde o ano inteiro sai do armário. Os tímidos se animam, os adultos viram criança. As músicas se repetem nos bailes, mas a gente nem liga, só canta como se fossem inéditas todas as marchinhas, todos os dias... E ainda tem desfile das escolas de samba. Minha filha diz que isso tudo é um desperdício de dinheiro. De fato é muita grana, mas a gente não quer só comida... E a festa encanta quem se dá ao trabalho de parar para ver. Claro que tem quem não curte e acha que samba enredo é tudo igual e que desfile é só bunda de fora e plumas. Eu não acho tudo igual, até aprendi alguns sambas esse ano e cantei a plenos pulmões toda vez que eles tocavam. E os blocos, que sucesso! Lotados em sua maioria. Zona Sul, Norte, Centro, tudo cheio de blocos. A prefeitura contabilizou 200, mas diz-se que foram mais de 400. Faltou banheiro público (o aroma das calçadas era enlouquecedor) e a Comlurb trabalhou como se fossem 4 dias de reveillon. Quem passou na Cinelândia depois do Bola Preta sabe do que estou falando... E o trânsito, hein? Um certo caos reinou no carnaval com tantos blocos se cruzando, mas quem liga? O que me irrita mesmo são os ambulantes com carirnhos no meio dos blocos, passando com as rodas em cima do pé da gente. Cadê o choque de ordem????? Muita loucura nesse tal de carnaval, né não? Mas vamos falar da Lapa. A Lapa teve dias de glória, com blocos, gente fantasiada e fila nas casas noturnas para curtir os bailes. Uma beleza! Bom, tudo isso era só pra dizer que esquizofrenia tem em todo lugar, basta olhar com atenção, e que depois do carnaval retomo os temas originais do blogue...

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Carnaval

Posted by Flor de Lotus on 06:08

Vem chegando o carnaval, momento mais brasileiro do ano. A crise, tão real e próxima, parece não ter afetado os festejos dessa semana. As pessoas já andam agitadas pelas ruas, comprando fantasias e adereços ou preparando as malas. Os mais pessimistas, apenas comentam: enfim o ano vai começar. Com a festa, ao menos a economia pode respirar um pouco, pois diz a lenda que os turistas virão.

Pois é, no meio de tantos desempregos, dívidas e medo, fico me perguntando que fantasia vai colar esse ano. Temos alguns fortes candidatos – óbvios – como Obama e o mosquito da dengue. Não sei o que vai pintar de novo pelas ruas alegres da cidade, mas eu, que ando cada vez mais desmemoriada, arriscaria uma fantasia de post it. O problema é fazer os simpáticos papeizinhos amarelos resistirem colados à folia.

Algumas fantasias insólitas que vi podem se repetir, como grama (um vestidinho de grama artificial e uma placa de “não pise na grama”), rolo de papel laminado usado, táxi (nem é bizarro, só engraçadinho), remédio tarja preta, escova de dentes e outras coisas bizarras. Minha amiga Fofa, mestra das fantasias, disse que esse ano vai se fantasiar de peixe. Mas Fofa, o mar não está pra peixe! Cuidado, hein? Uma sereia seria mais romântico (eu sou incorrigível...), mas peixe também tem seu charme, né? Vamos ver se fica mais bonita que a Margarida do ano passado. Um esclarecimento: a Margarida em questão não é a flor e sim a namorada do Pato Donald.

Como eu não tenho a habilidade da Fofa para criar fantasias, vou seguindo com minhas asinhas de borboleta compradas ano passado e com a orelha de pantera cor de rosa mesmo... O que importa é que vamos pular e nos divertir na esperança que a crise comece a se diluir... Será que eu devia me fantasiar de esperança, aquele inseto bonitinho de asa verde???

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Retalhos de Cetim

Posted by Flor de Lotus on 11:03

Reflexos da Crise Mundial (minha versão para Retalhos de Cetim…)

Trabalhei dobrado o ano inteiro
Várias vezes nem dormi
Gastei minha energia
Era muita agonia

Pra fechar um bom projeto
A proposta estava tão bonita
Era tudo que o cliente quis
Impressão especial
Eu ralei o mês inteiro
O cliente prometeu comprar

Mas chegou a crise mundial
E ele não comprou nada
Me danei, meu amigo me danei
Perdi o projeto, o emprego e tudo mais…

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O original:

Retalhos De Cetim

Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era tudo o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
A Mangueira (Minha escola) estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei

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Dr. Laing

Posted by Flor de Lotus on 11:01

Recentemente, procurando uma referência no google, deparei-me com frases curiosas de um senhor. Fui procurar mais frases e ler sobre a vida dele e descobri que o senhor em questão – R. D. Laing – era um psiquiatra que estudava a esquizofrenia e propunha métodos diferenciados de tratamento. Tudo a ver com o blog, né? Cito algumas de suas frases e poemas para seu deleite.

1:“A vida é uma doença sexualmente transmissível, que tem cem por cento de taxa de mortalidade.”


2:“Eu não me respeito
Eu não posso respeitar a ninguém que me respeite
Eu só posso respeitar alguém que não me respeite
Respeito Lucio
porque ele não me respeita
Desprezo Luís
porque ele não me despreza
Somente uma pessoa desprezível
pode respeitar alguém tão desprezível quanto eu
Não posso amar alguém a quem desprezo
Logo, como amo Lucio
Não posso acreditar que ele me ama”

3:
"Eles estão jogando o jogo deles.
Eles estão jogando de não jogar um jogo.
Se eu lhes mostrar que os vejo tal qual eles estão,
quebrarei as regras do jogo
e receberei sua punição.
O que devo, pois, é jogar o jogo deles,
o jogo de não ver o jogo que eles jogam."

4:
“A sociedade valoriza os homens normais. Educa as crianças para se perderem e se tornarem absurdas e, assim, normais. Os homens normais mataram talvez cem milhões de outros homens normais nos últimos cinqüenta anos. (...)A identidade da pessoa não pode ser completamente abstraída de sua identidade-para-os-outros; de sua identidade-para-si-mesma; da identidade que os outros lhe atribuem; da identidade que ela atribui aos outros; da identidade ou identidades que julga que lhe atribuem, ou que pensa que eles pensam que ela pensa que eles pensam...”

5:“Identidade” é aquilo pelo qual a pessoa se sente a mesma, neste lugar, neste momento, como naquele momento e naquele lugar, no passado ou no futuro; é aquilo pelo qual se identifica.
Tenho a impressão de que a maioria das pessoas tende a achar que são os mesmos seres contínuos, desde o nascimento até a morte.
E esta “identidade”, quanto mais fantasiosa, tanto mais defendida será.

A “identidade” torna-se às vezes um “objeto” que alguém possui ou julga que perdeu e se põe a procurar.
Inúmeras fantasias primitivas estão ligadas à identidade e sua objetificação.
A busca de “identidade” tão freqüentemente hoje invocada não passa às vezes de um cenário de fantasia.

Intensa frustração resulta do fracasso na busca daquele “outro” exigido para o estabelecimento de uma “identidade” satisfatória”*.

*LAING, Ronald David. O Eu e os Outros. O Relacionamento Interpessoal. Tradução de Áurea Brito Weissenberg. Petrópolis, Vozes, Lisboa, Centro dói Livro Brasileiro, 1972.

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