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Chapolim Colorado

Posted by Flor de Lotus on 05:37

Depois de 7 meses na ponte aérea, tentando (em vão) superar o medo de avião, tirei férias. Fui visitar Maceió e fiquei 3 dias em um hotel de selva na Floresta Amazônica. Voltei lépida e fagueira pra casa e fui retomando o trabalho na mesma cidade que pago IPTU. Já estava me acostumando, melhorando a alimentação, retomando os exercícios, programando uma pós, quando veio a novidade: volta pra ponte aérea... num primeiro momento fiquei ressentida, chateada, triste.
Durou um final de semana minha mini depressão. Na segunda, tive que encarar os fatos e rumar pra SP. E para trabalhar, tive que disfarçar meu humor. Logo que cheguei fui recebida pelo pessoal do hotel (fico sempre no mesmo) como alguém que volta pra casa. Na seqüência, a equipe com quem eu trabalhava organizou um happy hour de boas vindas. E aí fui amansando e aceitando que tem um grande lado bom (amigos para compensar a distância de casa e milhas para planejar as próximas férias).
Já estava me conformando mesmo, quando descobri minha triste situação: duas pessoas na equipe, uma de férias, retornando em uma semana, e a outra saindo de férias em uma semana. Ok, quando uma saísse a outra chegava e eu teria tempo de entender o que estava acontecendo no projeto, que já tinha sido iniciado três meses atrás, interrompido por um mês, e agora retomado. O antigo gestor do projeto no exterior, praticamente incomunicável. Um pouco tensa, pensei: tudo vai dar certo.
Passei uma semana entendendo o projeto com uma consultora. No dia que ela entrou de férias tinha uma idéia do que estava assumindo. No dia seguinte a outra consultora voltava de férias e tudo seguia em frente. Aí veio a seguinte situação: a consultora que deveria voltar de férias e tocar o projeto comigo pediu demissão. E eu surtei... Queria gritar: e agora, quem poderá me salvar e ser surpreendida pelo Chapolim Colorado, mas ele não veio. Passei uns dias correndo atrás de equipe e estudando os documentos do projeto para aprender e treinar quem viesse. Por sorte (alguma coisa tem que conspirar a favor, afinal o cliente não tem nada a ver com isso), consegui duas pessoas de inteira confiança e responsabilidade e mais uma semana de lambuja da consultora demissionária (que é uma fofa, que eu adoro e torço para ser muito feliz no seu novo desafio, porque ela merece) para organizar as idéias. Agora é seguir em frente, cheia de emoções, e concluir o trabalho. Seja o que Deus quiser!
Moral da história: se eu achava que a ponte aérea era o problema, eu não sabia de nada...
Moral da história 2: Tudo tem sempre seu lado bom, e nesse caso, ouvir da consultora que pediu demissão que eu era o exemplo dela na empresa, não tem preço! Alguma coisa certa eu devo fazer de vez em quando... Obrigada, Lindinha! Você fez meu dia feliz!

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