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Voltando ao tema

Posted by Flor de Lotus on 10:10

É, vocês devem estar cansados sobre as repetições do tema, mas desculpem-me: é mais forte que eu...
Essa semana soube de mais uma do metrô. Um amigo foi buscar a filha na creche. Ela tem dois anos. Ele é do tipo grandão, cara de bravo. Carregava a filha no colo, mais a mochila dela, cor de rosa como a de uma menina de dois anos deve ser. Entrou na estação Botafogo às seis da tarde. Lotado, nem precisa dizer. Ele foi se espremendo pra conseguir um lugar pra ficar com a filha e a mochila, achou um cantinho perto da porta e ficou. Não tinha percebido nada, até porque a mulher dele estava doente nesse dia, e ele queria ir logo cuidar dela. Quando foi saltar, sentiu um solavanco. Um cara puxou a mochila. Ele levou alguns breves segundos para perceber que o sujeito estava tentando assaltar ele no metrô lotado. E ainda por cima uma mochila de criança. Foram só alguns segundos mesmo, o suficiente pra ele virar a mão pra trás, sem nem olhar, e acertar um murro na cara do sujeito. Aí foi corre corre, confusão. Vieram os seguranças. O sujeito caiu no chão com o nariz quebrado, sangrando. As pessoas, revoltadas, queriam linchar o sujeito. Apoiaram o meu amigo e se propuseram a testemunhar na delegacia. Os guardas pegaram o meliante para levar pra DP, seguidos das testemunhas. Meu amigo, aliviado pelo nariz estragado do outro e de posse das fraldas e mamadeiras da filha, informou que eles podiam fazer o que quisessem com o sujeito, porque ele tinha que ir pra casa cuidar da mulher dele. E foi.
Agora me diz: você não tinha a sensação de que o metrô era seguro? E pior: o que um sujeito pensa ao roubar uma mochila de criança? Minha conclusão é uma só: guarda de metrô sofre... tem que tirar homem de vagão de mulher, tem que conter a massa revoltada que não consegue entrar no carro lotado, tem que ficar atento aos potenciais suicidas e ainda tem que pegar ladrão... esse mundo está perdido....

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Mudando de assunto...

Posted by Flor de Lotus on 19:22

Gente, fui ver o Batman (Cavaleiro das Trevas). Cresci vendo o filme primitivo que passava na tv, cheio de SOC, TUM, POW. Adorava, e naquela época nem me importava o tipo de relacionamento que o Batman mantinha com o menino prodígio. Eu curtia as aventuras, adorava o batmóvel (hiper modesto naquela época) e a batcaverna.
Hoje em dia, tenho um motivo adicional para recordar as paixões de infância: sou louca pelo Christian Bale, o que faz do filme mais interessante ainda.
Ouvi vários comentários sobre o filme e as desgraças sucessivas com seus atores e comecei a ficar desconfiada. Seria o filme maldito? Acabei indo conferir, em nome do Bale. Me surpreendi. Além de ser maravilhoso, daqueles que nos fazem perder o fôlego, tive que me render ao Coringa. Nem o Bale – que embora bata na família, continua lindo – conseguiu desviar minha atenção. A atuação do Ledger é irrepreensível – mas isso todos já sabiam. O que mais me impressionou foi o roteiro. As falas do Coringa são para se pensar. É difícil ver o filme e não se sentir em meio a um questionamento moral. Afinal, o mocinho tem sempre razão. Mas nesse caso o mocinho está cansado e não chega a ser exatamente um herói épico. Ele é violento, pensa em largar tudo pelo seu grande amor e não suporta a culpa. Já o vilão mostra que somos todos bons e maus, que vivemos numa paranóia que coloca o dinheiro acima de tudo e que o bem só pode existir se o mal também existir. A cena em que o Coringa fica pendurado de cabeça para baixo foi onde assumi que estava mais interessada nele que no Batman. Incrível esse Coringa... Claro que também tem uma mensagem de esperança, quando o prisioneiro lança o detonador da bomba pela janela (quase chorei nessa hora – ando sensível...). E claro também que no final me recuperei do surto e voltei a preferir o Batman. Coitadinho, tão triste e solitário... E ainda tendo que enfrentar o duas caras. Que por sinal parece muita gente que conheço...

Depois de ver o filme, ouvi um comentário do Jabor que comparava o Coringa ao Osama bin Laden. Não gostei disso... Alguém concorda? Talvez tenha ficado em mim uma seqüela de admiração pelo Coringa que não nutro nem de perto pelo Osama. Enfim, o Jabor deve saber o que fala. Eu continuo adorando o Bale, mas confesso que agora avalio do Coringa diferente...

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Ah, o metrô....

Posted by Flor de Lotus on 16:40
Estava eu no metrô lotado (claro...) quando ouvi a frase da semana de um passageiro:

"Pra entrar no metrô a gente tem que passar óleo no corpo"

Simplesmente perfeito!

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conselhos para os mais novos...

Posted by Flor de Lotus on 02:51

Recentemente chegaram novos estagiários na minha equipe e os profissionais mais experientes receberam a função de desenvolvê-los. Eu fiquei pensando no que deveria ensinar a eles, naquilo que não está nos manuais. Esses são alguns dos conselhos que pensei...

I) Na hora de assumir um sucesso, todos querem. Na hora de assumir um problema ninguém quer. Se resguardem. Tem gente que é muito hábil em virar o jogo a seu favor e colocar o macaquinho no ombro do outro. E lembrem-se: a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.

II) Apareçam, mas só o necessário. Exponham-se, mas percebam o limite (até onde vale à pena.)

III) Sejam disponíveis e se apaixonem pelo que fazem. Só com paixão (tesão mesmo) conseguimos sobreviver aos percalços. Mas disponibilidade também tem limite. Pensem o que é prioridade para vocês e avaliem sempre se gostariam de estar onde estão. Tenham objetivos, com ética e paciência.

IV) Saibam ceder. Pessoas flexíveis (con)vivem melhor. Mas lembrem-se que quem muito se abaixa mostra as calças.

Boa sorte!

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A saga dos transportes coletivos continua

Posted by Flor de Lotus on 02:23
Pois é, amigos. Já pensei em andar de ônibus sim, e ando todos os dias, nem que seja para chegar até o metrô. Ocorrem aventuras no ônibus também...

Outro dia peguei um 239 pela manhã, já lotado. Lá pelas tantas começou uma discussão entre o motorista e um passageiro exaltado que exigia que o ônibus não parasse mais nos pontos para pegar ninguém já que estava tão cheio. Eu sou baixinha e tenho dificuldade de me segurar no ferro alto, mas nem precisei me preocupar. Estava me apoiando na massa compacta que fazia fila tripla no corredor. Nem precisa dizer que foi uma baixaria, né?

E num outro dia, voltando tarde do trabalho, peguei um outro coletivo, dessa vez quase vazio. Pensei: ufa, que alívio! De repente, entra um cara com uma fratura exposta no cotovelo, sangue escorrendo e fica circulando pelo corredor sem parar quieto, esticando e dobrando o braço. E eu lá, vendo o osso mexendo. Afe...

E de taxi também tem emoção, viu? Um dia conto pra vocês...

Acho que as pessoas estão muito à flor da pele, sem paciência...

Já sobre o assédio sexual no metrô, concordo que mancha de batom dificultaria as coisas pro pobre rapaz assediado... Tudo sempre pode piorar, né?

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As delícias do metrô

Posted by Flor de Lotus on 16:12

Gente, tem dia que eu já chego surtada no trabalho. Muito disso é culpa do metrô. Quem utiliza esse meio de transporte hoje em dia sabe do que eu estou falando.

Um enorme empurra empurra, puro estresse. A cada dia uma aventura.

As mulheres que já experimentaram o carro dedicado a elas já sentiram o que é volume alto. É um tititi tão grande naquele carro, que eu quase sempre opto pelo vagão comum. E quando entra um homem desavisado naquele mafuá? A mulherada grita, ameaça sarrar o sujeito, diz que vai apertar, passar a mão, etc... Uma loucura... Sem contar o s guardas que ficam tomando conta e retirando os desavisados do vagão das mulheres. Pode isso? Para manter as donzela seguras, o guarda tem que ficar tomando conta porque os machos não respeitam os avisos de vagão só para meninas. Afe!

Mas o vagão comum também tem lá suas aventuras. Volta e meia, no auge da lotação, alguém entra empurrando e outro alguém reclama. Aí começa a discussão e só não sai porrada porque isso contraria as leis elementares da física - não tem espaço para isso.

Outro dia vi uma cena surreal. Um rapaz forte estava ao meu lado. O carro estava cheio, mas não tanto a ponto de as pessoas andarem coladas. Entrou uma moça e encaixou o corpo no dele. Encaixou como se eles fossem namorados e estivessem indo para o crime. O cara ficou branco, mal respirava, não se mexia. A moça chegou a encostar a cabeça no peito dele. Ele desesperado, sem saber o que fazer. Uma estação depois ela desceu e ele recuperou o ar. Que situação! Assim vão criar um vagão para os homens também. Eu sei que a coisa tá feia, tá difícil arranjar um homem para chamar de seu, mas assim não dá, né?

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