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Vôo Vintage

Posted by Flor de Lotus on 13:28

Não sei por que algumas coisas boas saem do mercado. Ás vezes penso que é tudo um golpe de marketing para criar em nós – consumidores – a falta de determinado produto e depois relançá-lo com força total e alto preço. Ou pode ser apenas falta de visão do poder do produto, depois corrigida com a volta de um clássico.
Toda essa reflexão porque, voltando de SP, tive o prazer de embarcar no vôo Vintage da TAM. Você deve estar dizendo: hein??? Eu também pensei isso... Confesso que antes de embarcar dei uma olhadinha no avião e percebi que a pintura era diferente e ainda pensei: ai meudeus, avião velho, tomara que não caia... Depois me deparei com o interior diferente e com as roupas das comissárias num estilo diferente. Só entendi quando elas anunciaram que era o tal de vôo vintage... Percebi que minha sensação de que a pintura era velha e o uniforme deslocado do tempo estava correta, porém era proposital... Clima criado, passei a prestar atenção a todos os detalhes. O filme com as instruções de segurança foi sensacional! Parecia ter sido filmado nos anos 70! E a comida também era vintage: na aparência e na quantidade (ou seja, era o suficiente... tinha dois mini sanduiches, pudim de leite com passas e amendoim; um verdadeiro banquete...). A minha única decepção foi que, quando a comissária anunciou que o serviço de bordo era vintage, eu imaginei uma caixinha com mirabel, crush e bala boneco. Tudo bem, não deu... mesmo assim curti horrores!!!! Ou: o vôo foi uma brasa, mora? Viva a onda vintage...

PS: Vale ver o filme das instruções de segurnaça...

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Salve, Becker

Posted by Flor de Lotus on 13:13

Além de toda a esquizofrenia diária, ou até mesmo por causa disso, resolvi fazer outra pós. Sinto muita falta do ambiente de sala de aula e... lá fui eu. O primeiro módulo do curso foi Gestão da Qualidade. Que me perdoe quem trabalha com isso, mas pensei: que saco... Apesar da minha má vontade com a disciplina, o professor me surpreendeu. Luiz Carlos Becker é demais! Para celebrar esse meu re-encontro com a qualidade, listo algumas das pérolas do Becker, que faz até qualidade parecer interessante... Obrigada, professor!

Pérolas do Becker:

"Feedback é pecepção com amor"

"Se você não vem educando (a sua equipe), você está Jack Bauer: tem 24 horas para resolver"

"Linguiça com defeito não volta a suíno"

"O conceito Zero Defeito é a busca pela batida perfeita"

"Delegar não é dar as costas"

"A pior coisa é burro motivado"

"valores dependem da mão que balançou o berço"

"Cliente é o rei. Cliente é Deus. Mas cliente não pode ser Deus, porque Deus perdoa..."

"Qualidade não é hardware nem software. Qualidade é humanware"

"Empresa Titanic: enquantos uns dançam, os outros afundam."

"Uma empresa excelente não tem Maquiavel andando pelos corredores"

Salve, Becker!

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Pressão por qualificação no mercado de trabalho

Posted by Flor de Lotus on 06:47

Estava lendo O Globo hoje sobre o terrível acidente na Praça Tiradentes quando uma nota me fez dar gargalhadas. Por favor, não me julguem, deixem-me explicar: um quadrinho contava que no prédio da explosão ficava, há mais de 20 anos, a Escola de Papai Noel do Brasil. Hein??? A tal escola é a responsável pela formação de Papais Noeis e Noeletes. Fiquei pensando: gente o mercado anda tão agressivo que até pra ser papai Noel de shopping tem que ter curso de formação.
Depois de rir um bocado, fiquei me perguntado o que eles ensinam nessa escola. Que tem que ter paciência, sorrir, ouvir? Que não pode beliscar as criancinhas nem ter tendências à pedofilia? Então fiz um exercício e descrevi a competência básica de um Papai Noel:


De fato, ser Papai Noel não é mole. Será que eles têm cursos para gnomos (ou auxiliares de papai Noel) também???

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Uma mensagem forte

Posted by Flor de Lotus on 06:53

Sou uma pessoa sonhadora e otimista. Busco agir corretamente e respeitar os outros. Tenho meu s defeitos, como todos, e cometo meus deslizes, mas em essência, ajo dentro do que é certo. Esses dias vi Tropa de Elite 2 e fiquei triste. Claro que não vivo no mundo de Alice e sei o que acontece, mas o filme mexeu muito comigo. Senti uma tristeza tremenda e fiquei me perguntando se deveria mesmo manter as esperanças numa sociedade justa.
Impossível ver esse filme agora e não fazer nenhuma conexão com a morte da Juíza Patricia Acioli e a recente exoneração do tenente-coronel Claudio de Oliveira. Uma vergonha total, que não é alheia, é nossa mesmo, de todos os cariocas.
Ouvi dizer que a exoneração (a pedido do próprio) do Comandante da PM que colocou o suposto mandante do crime no cargo foi feita pelo fato de ele se sentir responsável por isso e assumir, numa atitude muito nobre, seu erro. Fiquei na dúvida se foi por isso mesmo, mas quis acreditar que alguém ainda tem consciência nessa vida e assume suas responsabilidades.
Hoje fui ler o Jornal de manhã e me deparei com a notícia do novo Comandante Geral da PM, o Coronel Erir Ribeiro da Costa. Fiquei surpresa. Erir é um homem simples e correto, segundo a matéria, e chegou a denunciar o deputado Chiquinho da Mangueira anos atrás. Em conseqüência, perdeu seu cargo de Comandante do 4º BPM. Ganhou um prêmio pela sua coragem, mas foi para a geladeira.
A mensagem de hoje é forte: diz que agora é pra valer. Teremos no comando um homem que é sério e rígido em seus princípios. Um homem que vai fazer uma limpeza geral na PM. Que afastou até agora 13 comandos da PM. Renovei minhas esperanças. Desejo que a mensagem se torne uma realidade. Que o nosso novo Comandante consiga realizar seu intento. Que tenha proteção e força para levar adiante sua missão. Os cariocas precisam de você, Comandante Erir. Faça sua parte, porque hoje o Rio acordou ouvindo dizer que agora tudo vai melhorar...

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Chapolim Colorado

Posted by Flor de Lotus on 05:37

Depois de 7 meses na ponte aérea, tentando (em vão) superar o medo de avião, tirei férias. Fui visitar Maceió e fiquei 3 dias em um hotel de selva na Floresta Amazônica. Voltei lépida e fagueira pra casa e fui retomando o trabalho na mesma cidade que pago IPTU. Já estava me acostumando, melhorando a alimentação, retomando os exercícios, programando uma pós, quando veio a novidade: volta pra ponte aérea... num primeiro momento fiquei ressentida, chateada, triste.
Durou um final de semana minha mini depressão. Na segunda, tive que encarar os fatos e rumar pra SP. E para trabalhar, tive que disfarçar meu humor. Logo que cheguei fui recebida pelo pessoal do hotel (fico sempre no mesmo) como alguém que volta pra casa. Na seqüência, a equipe com quem eu trabalhava organizou um happy hour de boas vindas. E aí fui amansando e aceitando que tem um grande lado bom (amigos para compensar a distância de casa e milhas para planejar as próximas férias).
Já estava me conformando mesmo, quando descobri minha triste situação: duas pessoas na equipe, uma de férias, retornando em uma semana, e a outra saindo de férias em uma semana. Ok, quando uma saísse a outra chegava e eu teria tempo de entender o que estava acontecendo no projeto, que já tinha sido iniciado três meses atrás, interrompido por um mês, e agora retomado. O antigo gestor do projeto no exterior, praticamente incomunicável. Um pouco tensa, pensei: tudo vai dar certo.
Passei uma semana entendendo o projeto com uma consultora. No dia que ela entrou de férias tinha uma idéia do que estava assumindo. No dia seguinte a outra consultora voltava de férias e tudo seguia em frente. Aí veio a seguinte situação: a consultora que deveria voltar de férias e tocar o projeto comigo pediu demissão. E eu surtei... Queria gritar: e agora, quem poderá me salvar e ser surpreendida pelo Chapolim Colorado, mas ele não veio. Passei uns dias correndo atrás de equipe e estudando os documentos do projeto para aprender e treinar quem viesse. Por sorte (alguma coisa tem que conspirar a favor, afinal o cliente não tem nada a ver com isso), consegui duas pessoas de inteira confiança e responsabilidade e mais uma semana de lambuja da consultora demissionária (que é uma fofa, que eu adoro e torço para ser muito feliz no seu novo desafio, porque ela merece) para organizar as idéias. Agora é seguir em frente, cheia de emoções, e concluir o trabalho. Seja o que Deus quiser!
Moral da história: se eu achava que a ponte aérea era o problema, eu não sabia de nada...
Moral da história 2: Tudo tem sempre seu lado bom, e nesse caso, ouvir da consultora que pediu demissão que eu era o exemplo dela na empresa, não tem preço! Alguma coisa certa eu devo fazer de vez em quando... Obrigada, Lindinha! Você fez meu dia feliz!

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A azeitona e a empada

Posted by Flor de Lotus on 12:42

Essa semana li um artigo na Folha de São Paulo em que o colunista dizia que o Brasil se preocupa mais com a azeitona do que com a empada. Fiquei com isso na cabeça... Eu sempre fui mais empada do que azeitona. Para mim a empada tem que ser crocante por fora, com recheio cremoso, não pode quebrar quando tirar da forma e tem que ser servida quentinha. Se tiver azeitona, ok, mas se for com caroço, estraga toda a experiência. Para mim, porém, a essência é a empada. Quando compro uma empada, não estou buscando uma azeitona e sim uma empada!
Muitas vezes quando apresento um trabalho a um superior ele fica mais preocupado com a azeitona. A capa devia ser de outra cor. Essa letra não está boa... A cor desse gráfico não está combinando com o relatório. Comentários válidos, eu consigo lidar com a frustração e mudar as cores, as letras... Mas e o conteúdo? Na empada em si, nem reparam.
Na ânsia de superar as expectativas dos clientes, por vezes perdemos de vista o essencial: a empada que o cliente contratou. Será que entregar a empada gostosa, quentinha, bem temperada, não é o que ele espera? Será que é mesmo a azeitona que o cliente está buscando? Ou, melhor dizendo, sabemos como é essa tal azeitona que o cliente supostamente quer? O que é ir além para o nosso cliente?
Ok, não sou inocente a ponto de achar que me limitar ao que foi contratado resolve a questão, mas acho que essa preocupação excessiva em superar faz com que percamos o foco. A superação deve ocorrer naturalmente, sem perder de vista o essencial: o que foi contratado! A partir daí, e conhecendo bem o nosso cliente, podemos usar a expressão preferida do mundo corporativo: agregar valor. Mas só depois de cumprir o essencial (ou ao longo de).
Viva as empadinhas de queijo, quentinhas e sem azeitona...
PS: adoro azeitonas, não é nada pessoal....

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Livre Falar

Posted by Flor de Lotus on 06:31

Com longas esquizofrenias e tempo curto, não tenho escrito aqui. Hoje, porém, me vi obrigada a arranjar um tempo para dedicar a esse blog depois da noticia do novo livro de português que prega uma vida melhor ao aceitar a total ausência de regras gramaticais.

Podem me chamar de antiquada, mas pelo amor de Deus, o que é isso! Dizer os livro agora é aceitável? Coitadinhos dos alunos, que têm aprovação automática e agora não devem sequer ser corrigidos, pois isso pode ser constrangedor. Tenham dó! É mais constrangedor ser corrigido na escola ou não passar em concurso público ou vestibular por não saber falar corretamente?

Essa história de que pode ser preconceito corrigir denota o mesmo comportamento que muitos pais vêm tendo com seus filhos ao não estabelecer limites para nada, criando uma geração que não respeita seus pais, superiores, regras e leis. Depois de tentar matar o respeito à hierarquia e tentar assassinar o código civil, agora estão tentando matar o código gramatical.

E se você fala corretamente, nesse mundo moderno, você é visto como um ser de outro planeta. Eu mesma recebo uns olhares enviesados às vezes por usar certas palavras e certas construções gramaticais que não são usuais, do tipo “eu a vi hoje”. E vamos combinar: dizer eu a vi nem é algo rebuscado ou sofisticado.

O que vamos conseguir com essa onda de livre falar é que quem usa as regras gramaticais vai ser vítima de preconceito, invertendo a ótica da linguagem. Aliás, como bem disse o professor Sergio Nogueira, no Bom Dia Brasil de hoje, o livro em si é mais preconceituoso do que a idéia de que corrigir é preconceito, pois parte do princípio de que as crianças não têm condições de se expressar dentro das regras do português. É mais ou menos a mesma lógica das cotas para negros, que eu julgo hiper preconceituosas, pois é como se os negros não tivessem capacidade intelectual para entrar em uma universidade se não tivessem vagas reservadas para eles.

Só me resta como consolo aderir a uma nova moda. Quando me acusarem de utilizar o português correto, posso alegar que estou sofrendo bulliyng no trabalho.

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Ajuda do acaso para conquistar o cliente

Posted by Flor de Lotus on 11:57
Há duas semanas iniciei um novo projeto e o começo é sempre repleto de desconfianças, silêncios e seriedade. Com o tempo, o cliente percebe que não somos seres odiosos e começam a confiar em nós e nos tratar de forma mais próxima.
Hoje o acaso acelerou o processo para mim. Estavamos em uma reunião de diagnóstico da situação atual de um processo e a pessoa que mais conhece o processo estava fechada e agressiva. Quando concluímos a reunião, propus descer junto com ela para filar um café na cafeteira do andar em que ela fica. Saí na frente e, gentil, segurei a porta para ela passar. Ela não viu a rampa, torceu o pé e desabou. Imaginem a seguinte cena: ela tem cerca de 1,70 metro e 70 quilos. Eu tenho 1,50 metro e 50 quilos. Percebi que ela tinha bambeado e, sabe-se lá como, instintivamente a segurei pelas axilas e impedi que ela caisse no chão. Como que eu segurei aquela mulher enorme, não sei (ahco que a musculação está fazendo efeito), mas não deixei que ela se esborrachasse no chão e fiquei firme segurando ela ao longo de toda sua crise de riso e vergonha em que ela não se movia. Nem precisa dizer que dali emdiante ela virou minha amiga de infância, né? Inusitado, mas serviu para diminuir a desocnfiança...

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Minhas janelas

Posted by Flor de Lotus on 05:54
Vida corrida, muitas viagens, projetos simultâneos, pouco tempo para escrever.
Como a saudade do blog apertou, posto aqui a vista que tenho das janelas dos meus projetos... aproveitem a vista...




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Algumas frases de 2010

Posted by Flor de Lotus on 09:20

Algumas frases que ouvi em clientes ao longo do ano...

Na área de compras admite-se tudo, menos ingenuidade...

Aprendam ao máximo a acertar para poderem errar conscientemente.

O cliente contrata um parceiro e, ao mesmo tempo, um seguro.

E a campeã: Antes um final horroroso do que um horror sem fim.

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