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Botando ordem no beco

Posted by Flor de Lotus on 07:32

Um belo dia o Guarda Belo passou pelo beco do Manda Chuva e resolveu organizar aquilo tudo. Com o objetivo de botar ordem no beco, contratou uma Consultoria Externa. Não consultou o Manda Chuva, pois sua missão é a de ordenar as coisas, enquanto a função do Manda Chuva é ser gato.
Contratada a consultoria, essa dirigiu-se ao beco e foi se apresentar. O Manda Chuva e toda a sua turma a hostilizaram. Não queriam aquele negócio de organização e não confiavam naquela consultoria. Aos poucos, a consultoria foi fazendo seu trabalho. Apanhou muito, várias informações foram omitidas, outras fantasiadas, mas, ao final de sete meses, a cosnultoria entregou ao Guarda Belo um diagnóstico. Guarda Belo então mostrou o tal diagnóstico ao Manda Chuva e o convenceu (sabe-se lá como) a implantar algumas ações recomendadas pela consultoria. O Batatinha, que ficava em uma gerência recém criada no Beco, ficou empolgado e viu no trabalho da consultoria uma chance de melhorar seu trabalho.
Iniciada a implantação das ações recomendadas, a consultoria decidiu iniciar seu trabalho pela área do Batatinha, mas com medo de algo dar errado, começou em paralelo o trabalho na área do Bacana.
O trabalho na área do Bacana ocorreu muito bem e o Bacana contou pros outros gatos que estava gostando. O Manda Chuva mudou sua visão da consultoria e passou a apoiá-la, defendê-la e lutar para que ela fizesse todo o seu trabalho nas áreas de todos os gatos do Beco. Até o Chuchu, que no começo resistiu muito, convidou a mesma consultoria para fazer um outro trabalho para ele. A consultoria estava feliz com a reversão da situação.
Batatinha, empolgado com a oportunidade de fazer seu serviço andar, conversou muito com a consultoria e esta propôs um sistema para melhorar a área dele. Batatinha e consultoria definiram as necessidades do sistema, prepararam os cálculos de retorno de investimento e foram apresentar a proposta para o Manda Chuva e o Guarda Belo. Aí deu-se o caos. O Guarda Belo deixou claro que não vai com a cara do Batatinha. O antes desconfiado Manda Chuva brigou como Guarda Belo para defender o Batatinha. E ninguém se entendeu. A consultoria argumentou o quanto pode, mas depois teve que se recolher ao seu posto. Por causa de uma birra pessoal, Batatinha ficou sem sistema; Manda Chuva parou de falar com Guarda Belo; a consultoria não conseguiu implantar todas as suas propostas.

Moral da história 1: Nem sempre os gestores são imparciais.
Moral da história 2: Nem tudo uma consultoria externa consegue resolver...

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Como (não) demitir seus funcionários perto do Natal

Posted by Flor de Lotus on 07:16

Situação 1:
Você tem que extinguir uma área com 40 funcionários. Marque um evento em um hotel como se fosse um treinamento. Lá informe a todos que estão demitidos por questões de redução de orçamento. Quando eles saírem do hotel e tentarem passar na empresa para pegarem suas coisas irão descobrir que seus crachás não liberam mais as roletas.

Situação 2:
Depois de tentar a situação 1, você tem outra área para extinguir, dessa vez com 60 funcionários. Inicie reuniões mensais informando que a empresa está sofrendo uma reestruturação, mas que não haverá cortes. Inicie uma campanha que terá como premiação a manutenção do emprego dos funcionários que baterem as metas. Ao final da campanha, convoque todos para uma reunião no sindicato e faça um acordo para demitir todos oferecendo um salário a mais por ano trabalhado.

Situação 3:
Assuma uma gerência sobre a qual você não conhece nada. Leve seus funcionários de confiança com você. Faça com que os funcionários antigos repassem seu conhecimento para os novos. Aja com simpatia sendo firme. Exija uma carga horária absurda de trabalho. Crie um clima de desconfiança. Alguns funcionários não agüentarão a pressão e pedirão demissão. Assim que os funcionários antigos que resistirem terminarem o planejamento para o próximo ano, os demita.

Situação 4:
Faça o planejamento de desenvolvimento do funcionário. Discuta com ele e o encha de esperanças. Deixe que ele vá à festa de final de ano da empresa. No dia seguinte à festa, o demita sem motivos.

Em todas as situações: deixe claro que você foi benevolente a ponto de permitir que eles fossem à festa de fim de ano e recebessem a cesta de Natal.

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Nova Geração

Posted by Flor de Lotus on 08:41

Um dos temas comentados na casa do meu amigo Jorge foi o perfil da nova geração no mercado de trabalho. Com nova geração quero falar das pessoas entre 23 e 30 anos que estão trabalhando e começando a conquistar cargos em nível gerencial.
Percebi que a minha opinião sobre a geração N*, como vou batizá-la por pura ignorância do nome acadêmico, é igual à dos meus amigos. Minha primeira sensação foi de alívio, pois embora toda unanimidade seja burra, como dizia Nelson Rodrigues, ao menos não estou sozinha... Depois veio a tristeza: que tipo de gestores serão eles???
Percebo que a geração N sabe o que quer (e em geral quer crescer, e rápido). É agressiva quando o assunto é carreira, não se importa de trabalhar 12 a 14 horas por dia (inclusive se vangloria disso), está sempre conectada, hiper informada, é multi-tarefas, e seu lema é velocidade. Não parece tão ruim lendo assim, mas, a meu ver, lhes falta um quesito muito importante: maturidade.
Quando comecei a trabalhar os gerentes eram, em geral, homens de cabelos grisalhos. Eram pessoas experientes, maduras, muitas das vezes que começavam a carreira de baixo, trilhando um árduo caminho até a chefia. Valorizavam seus postos, eram comprometidos com suas empresas (eram bacon e não ovo, só pra provar que entendi o conceito, ta J?), vestiam a camisa e sonhavam se aposentar no mesmo emprego.
Eu, que me coloco em uma geração intermediária, também ralei muito, comecei de forma humilde, sou comprometida e responsável, mas já me vejo preterida por pessoas com perfil mais agressivo. Ah, e nem me imagino aposentada.
A geração N não veste a camisa, apenas se envolve. Se mata de trabalhar (disputando entre os pares quem fica mais tempo trabalhando), mas com o firme objetivo de alçar cargos de chefia e muda de empresa sempre que uma oportunidade de crescer mais rápido lhe aparece. Quando chega lá exige dos funcionários a mesma ausência de vida pessoal, a mesma agressividade, mas não o mesmo desapego. Tem dificuldade de lidar com os mais velhos, especialmente se tiver que liderá-los, nem sempre aceita críticas, não tem paciência para longas explicações.
Sim, estou generalizando, perdoem-me, mas tenho enfrentado uma pergunta crucial: que tipo de gestores eles são? Passei a vida lendo textos sobre o papel do líder, a importância das pessoas para as empresas, como trabalhar em equipe, etc. Quando vejo certas coisas, sinto todos os conceitos caírem por terra...
Perguntei a uma amiga que está sendo chefiada por um gerente 15 anos mais novo que ela: qual é o nosso espaço agora? Para onde podemos correr? Ela não soube me dizer... apenas informou que irá trabalhar por conta própria.
Eu sigo pensando onde gostaria de estar e, quando descobrir, prometo contar a vocês.



*Não sei o nome que a academia dá a essa geração. Lembro que há os babyboomers, geração X, Y, mas há tempos não leio sobre isso. Se alguém tiver um texto sobre o tema para compartilhar, agradeço!

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Para Jorge

Posted by Flor de Lotus on 05:05

Meu querido Jorge

Nosso encontro na sua sala branca (que torço para continuar branca) foi bastante agradável e profícuo. Passei o final de semana todo ensaiando mentalmente o que iria escrever nesse blog. Foram tantas histórias que nossos amigos nos contaram, que fiquei até sem saber por onde começar. Ocorre que, quando iniciei meu ensaio mental para o blog (costumo fazer isso no ônibus ou no metro, a depender do sufoco que escolher passar no dia... acho que é um lado meu sadomasô, porque eu imagino o texto, sempre ótimo nos transportes coletivos, e quando coloco na tela, sempre acho que o rascunho mental era melhor, mas a essa altura não me lembro mais o que pensei... sinal dos tempos...).
Voltando: quando iniciei o ensaio comecei a pensar um texto sobre o sufoco que nossa amiga contou e sua demissão, com toda sua mágoa sobre a situação e questionamentos sobre a geração que nos sucede nas empresas. Eu me vi fazendo várias generalizações e, claro, resolvi mudar de tema.
Só para situar quem não estava no nosso encontro, meu amigo Jorge comentou que seus alunos possuem o estranho hábito de questionar certas coisas sem ter como fundamentar seus questionamentos. É o típico “eu não concordo e ponto final”. E comentou ainda que eles fazem muitas generalizações. Eu concordo com Jorge que as generalizações não são reais. Ouvimos o tempo todo que toda loura é burra, por exemplo. Sempre detestei esse tipo de coisa. Quando Rebecca comentou que todo recifense tem mania de grandeza, eu entrei no espírito do Jorge e perguntei se ela conhecia toda a população do Recife pra afirmar isso. Nós rimos, e seguimos no nosso papo.
Hoje, em meio ao engarrafamento, me peguei generalizando e cheguei à seguinte conclusão, dedicada ao meu querido Jorge:
Generalizar é humano. Não refletir sobre isso é burrice!

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Estágios da carreira

Posted by Flor de Lotus on 13:02


Por indicação de minha querida Rebecca, que publicou em seu blog, reproduzo aqui texto que, de fato, tem tudo a ver com esse blog!

Os cinco estágios da carreira, por Max Gehringer

Existem cinco estágios em uma carreira:
1. O primeiro estágio é aquele em que o funcionário precisa usar crachá,porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.
2. No segundo estágio, o funcionário começa a ficar conhecido dentro daempresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha.Por exemplo,o Heitor da Contabilidade .
3. No terceiro estágio, o funcionário passa a ser conhecido fora da empresae o nome da empresa se transforma em sobrenome. Heitor do banco tal.
4. No quarto estágio, é acrescentado um título hierárquico ao nome dele:Heitor, diretor financeiro do banco tal.
5. Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Pessoas quemal conhecem o Heitor passam a se referir a ele como "o meu amigo Heitor,diretor do banco tal". Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmocontra sua vontade, um amigo profissional" .
Existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo, e um amigo ditoprofissional. Amigos que são amigos trocam sentimentos. Amigosprofissionais trocam cartões de visita.Uma amizade dura para sempre. Uma amizade profissional é uma relação decurto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.Amigos de verdade perguntam se podem ajudar. Amigos profissionais solicitamfavores. Amigos de verdade estão no coração. Amigos profissionais estão emuma planilha.É bom ter uma penca de amigos profissionais. É isso que, hoje em dia,chamamos networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional.Mas é bom não confundir uma coisa com a outra.Amigos profissionais são necessários. Amigos de verdade, indispensáveis.Algum dia, e esse dia chega rápido, os únicos amigos com quem poderemoscontar serão aqueles poucos que fizemos quando amizade era coisa deamadores.[Max Gehringer]

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Rapidinha

Posted by Flor de Lotus on 09:02

Em busca de uma vida mais saudável comecei a malhar na hora do almoço e a levar comida de casa. HOje, enquanto estava comendo no refeitório da empresa, presenciei um diálogo inusitado, que reproduzo. Antes, um parênteses: a personagem principal, que vou chamar de Fulana, leva sua comida em váaaaaarios potinhos separados. Cada coisa num potinho. Ao chegar ao refeitório, retira meticulosamente cada componente de sua refeição e arruma milimetricamente no prato antes de esquentar no microondas.Fecha parêntese.
O ocorrido:
Fulana estava almoçando com Sicrana. Seu prato tinha legumes cozidos, arroz integral e 5 pedaços de linguiça. Fulana cortou as pontas dos 5 pedaços de linguiça e os colocou na frente do prato. Depois cortou o que sobrou em pedaçõs iguais. Iniciou sua refeição repetindo garfadas sucessivas dessa forma: uma garfada de arroz. Cerca de 100 mastigações. 1 garfada de legume. Cerca de 100 mastigações. Um pedaço do meio da linguiça. Cerca de 100 mastigações. Lá pelas tantas, Sicrana perguntou:
- Fulana, você não come as pontas?
E Fulana, indignada com a pergunta, respondeu:
- Claro que como, mas isso é só no final!
Ah, tá... Ou melhor, ah TOC...

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Cuidado com os invejosos, eles são muitos!

Posted by Flor de Lotus on 08:56

Assisti a uma reportagem no Jornal Hoje de ontem (hoje de ontem ficou estranho, perdoem...) que me chamou atenção. A chamada da matéria era: você conhece alguém no seu trabalho que fica fazendo fofoca? Na mesma hora foquei na tv. Se alguém nunca passou por uma empresa com um fofoqueiro invejoso de plantão deve ser porque nunca trabalhou.
De acordo com a consultora que deu entrevista, de cada 100 pessoas empregadas, cerca de 30 têm esse perfil. Fiquei horrorizada! Sabia que a coisa era feia, mas não imaginava o quão feia... Em geral o estilo fofoca pertence a alguém inseguro, que prefere minar o oponente para conquistar o espaço dele – e não o seu próprio. É alguém que sempre deseja o que o outro tem e não batalha por espaço, apenas tenta dominar o território do outro jogando baixo. Algumas dicas para reconhecer uma pessoa dessas (parte da matéria, parte de minha própria observação):

• Em geral são pessoas prestativas
• São simpáticos ao extremo e se mostram frágeis
• Com o tempo, se mostram hipócritas
• Costumam mentir
• Não tomam posição frente a uma situação (famosos em cima do muro para não se indispor publicamente com ninguém, enquanto nos bastidores atiçam ambos os lados da mesma questão)
• Têm problemas de auto estima e carências afetivas
• Vibram com a desgraça do outro

Tenho certeza que você já trabalhou com alguém assim... Cuide-se! E se tiver conseguido se safar de alguém assim, conte-me sua estratégia!!!!

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Yes, we créu

Posted by Flor de Lotus on 03:12

Sobre as olimpiadas de 2016, reproduzo a crônica de João Paulo Cuenca publicada no blog dele n'O Globo! http://oglobo.globo.com/blogs/cuenca/

Enviado por João Paulo Cuenca - 8.10.2009 10h26m

Yes, we créu
A crônica apreciou muito o vídeo do Fernando Meirelles para a nossa vitoriosa candidatura a sede das Olimpíadas 2016. O filmete mostra os cariocas muito simpáticos, abraçando as exóticas delegações estrangeiras, cantando e dançando pelas ruas assépticas e retocadas, como numa versão bossa nova de Hair, o musical.

Tenho um amigo chamado Pedro C., homem crente nessas coisas de publicidade, que resolveu tirar a prova. Botou uma roupa de xeique árabe e, já no primeiro quiosque da praia, o refrão do samba atravessou: não o deixaram filar a caipirinha como aparecia na propaganda. Tentou sambar com o gari, mas o homem de laranja expulsou Pedro da calçada com a vassoura em riste e gritos impublicáveis. Batucar na caixinha de fósforo pelas esquinas também foi um fracasso – ninguém acompanhou e ainda foi chamado de paulista.

Firme no propósito de comprovar a hospitalidade do nosso povo e a veracidade do comercial, tentou cumprimentar com a mão estendida o pessoal pendurado no bonde de Santa Teresa. Ficou no vácuo e levou um pescotapa de um estudante da rede municipal. Na feira, não ofereceram nenhuma laranja. Filou uns biscoitinhos de amostra grátis. Quando disse que não ia comprar, levou uma descompostura do vendedor: “tá achando que eu sou fome zero, mermão?”.

Foi quando Pedro descobriu que a propaganda que nos deu a vitória olímpica foi toda filmada, é claro, durante o carnaval.

***
Ainda faltam 7 anos, mas já podemos enfileirar algumas certezas sobre as Olimpíadas Balneário de San Sebastián 2016:

1) Lula, ao contrário do que andou repetindo entre lágrimas na Dinamarca, será presidente em 2016 e fará o discurso de abertura dos jogos, independente de quem ganhe as eleições do ano que vem.

2) Depois do discurso de Lula, Alcione irá cantar o hino nacional na cerimônia no Estádio Olímpico do Maracanã. Quem carregará a bandeira da delegação canarinho será Selminha Sorriso e a tocha olímpica será acesa por Zico, o verdadeiro atleta do século, eleito por aclamação.
3) As favelas da Zona Sul serão pacificadas e pintadas de branco, lembrando as construções de Santorini, na Grécia. O investimento pesado de franceses na área causará explosão nos preços dos imóveis, fazendo seus atuais habitantes se mudarem para comunidades extra-olímpicas, além Belford Roxo.

4) O golpe no ego de cidades periféricas como São Paulo e Buenos Aires jamais será recuperado.

5) Em 2016, a grande conquista do PSDB paulista, após o fracasso da CPI das Olimpíadas, terá sido a descriminalização da maconha em todo o território nacional.

6) O ano de 2015 será enforcado no Balneário, entre a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016.

7) Os preparativos para os jogos irão custar 21,3 vezes mais do que o previsto. Ainda assim, o metrô jamais chegará a Barra da Tijuca.
8) Migração em massa de esportistas e turistas para a cidade será um problema de segurança nacional após os jogos. A Polícia Federal no aeroporto Tom Jobim será mais severa do que a de Barajas, em Madrid.
9) Nenhum recorde mundial será batido em 2016. Os atletas vão acordar de ressaca todos os dias.

10) Os Jogos de 2016 serão os melhores e mais espetacularmente confusos de todos os tempos. Nós só vamos entender esse aparente paradoxo daqui a 7 anos.

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Sonho meu...

Posted by Flor de Lotus on 08:58

Lendo esse artigo confesso que fiquei triste. Sempre acreditei no trabalho do RH e que as pessoas devem ser o centro das ações, pois é junto com elas que as empresas conseguem alcançar seus objetivos. Claro que, lendo esse artigo, posso reconhecer vários altos executivos. O que me aborrece é que eu ainda tinha o sonho do líder humano em mente e achava que alguém poderia ser bem sucedido como líder dentro desse modelo.
Será que é só um sonho meu????

Sensibilidade não faz falta ao CEO de sucesso
Organização e eficiência são características mais apreciadas entre executivos bem-sucedidos
David Brooks, The New York Times
Os CEOs (presidentes de empresas) deveriam ler romances? A pergunta parece responder a si mesma. Afinal, os CEOs lidam com pessoas o tempo todo. A leitura de romances poderia lhes dar uma maior percepção psicológica, uma queda por relações humanas, uma maior sensibilidade para suas próprias emoções.

Infelizmente, a maioria das pesquisas recentes sugere que esses não são os talentos mais importantes para uma pessoa que está tentando gerir uma empresa. Steven Kaplan, Mark Klebanov e Morten Sorensen concluíram recentemente um estudo chamado "Which CEO Characteristics and Abilities Matter?" (algo como "Quais características e habilidades de um CEO são importantes?".

Eles se basearam em avaliações detalhadas das personalidades de 316 CEOs e mediram os desempenhos de suas empresas. Descobriram que as habilidades de pessoas fortes têm uma correlação frouxa, ou nenhuma, com o fato de serem bons CEOs. Traços como ser bom ouvinte, bom formador de equipes, um colega entusiasmado ou um comunicador não parecem muito importantes quando se trata de comandar companhias bem-sucedidas.

O estudo revelou que o importante eram as habilidades de organização e execução. Os traços que se relacionaram mais com o sucesso foram a atenção a detalhes, persistência, eficiência e a capacidade de trabalhar por longas horas.

Em outras palavras, pessoas calorosas, maleáveis, orientadas para a equipe e simpáticas eram menos propensas a prosperar como CEOs. Pessoas organizadas, obstinadas, detalhistas e levemente tediosas são mais propensas a prosperar.

Os resultados são consistentes com vários trabalhos que foram feitos nas últimas décadas. Em 2001, Jim Collins publicou um estudo muito bem recebido intitulado "Good to Great". Ele descobriu que os melhores CEOs não eram os visionários exuberantes. Eram almas humildes, reservadas, diligentes e resolutas que descobriam uma coisa em que eram realmente boas e a faziam repetidamente.

Naquele mesmo ano, Murray Barrick, Michael Mount e Timothy Judge levantaram cem anos de pesquisas sobre lideranças empresariais. Eles também descobriram que extroversão, cordialidade e abertura a novas experiências não se correlacionavam bem com o sucesso de um CEO. O importante era a estabilidade emocional e, sobretudo, consciência - o que significa ser confiável, fazer planos e cumpri-los.

EFICIÊNCIA

Todos esses trabalhos são um lembrete de que, embora seja importante a pessoa ser sensata e equilibrada, o mercado realmente não se importa com isso. O mercado quer preencher um papel de organização.

A segunda coisa que o mercado parece querer é um compromisso incansável com ganhos de eficiência.

CEOs e políticos carismáticos sempre querem a inovação excitante - seja ela o veículo utilitário esportivo ou um novo carro revolucionário. Os executivos metódicos de empresas bem-sucedidas apenas fazem o mesmo velho sedã quatro portas, mas o fazem cada vez melhor.

Esses tipos de traços de obstinação, mas com modéstia, não se correlacionam bem com níveis de educação. CEOs com pós-graduação em direito ou MBA não desempenham melhor que CEOs com diploma universitário. Esses traços não têm correlação com salário ou pacotes de compensações.

Não se correlacionam tampouco com fama e reconhecimento. Ao contrário, um estudo de Ulrike Malmendier e Geoffrey Tate revelou que CEOs ficam menos eficazes à medida que se tornam mais famosos ou recebem prêmios.

O que esses traços perfazem é um certo tipo de personalidade ideal. Os CEOs mais propensos a ser bem-sucedidos são humildes, modestos, incansáveis e unidimensionais. Eles não são, no entanto, as pessoas mais empolgantes para se conviver.

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Elogios e feedbacks

Posted by Flor de Lotus on 06:03

Estava mexendo em um caderno antigo para organizar meus papéis quando me deparei com duas frases que chamaram minha atenção. Elas foram ditas em um curso de coaching que fiz um tempo atrás:

"Feedback não é conta corrente”.
“Elogio não é anestésico”.

Fiquei pensando sobre isso. Embora muito se fale sobre feedback e se estimule os elogios, ao invés de somente puxões de orelha (para ser delicada), ainda tem muita gente que não sabe como usar essas ferramentas de trabalho.

Tem muita gente que faz um elogio pra amenizar uma situação, apenas pra ficar tudo bem quando parece que vai tudo pro buraco. Se o outro estiver fragilizado, pode ser que o anestésico funcione. Se já for cascudo, vai fazer doer ainda mais...

Sobre o feedback então, nem se fala... Em muitas empresas ele ocorre somente nos períodos formais de avaliação de desempenho, quando já não dá mais tempo do funcionário tentar aplicar os conselhos em sua vida e melhorar seu rendimento. Ou então vem em forma destrutiva (e não construtiva), e só faz piorar as coisas. Feedbacks devem ser dados quando as situações ocorrem e de forma justa, sem se preocupar em contabilizar erros e acertos. Não é conta corrente, é aprendizado e desenvolvimento em um ambiente que deve ser honesto.

Fecho o texto com algumas dicas que foram dadas nesse curso sobre o papel do coach, mas que servem para quem quer que precise dar um feedback:

- Espelhar para a outra pessoa o que ela está fazendo e mostrar as conseqüências
- Frente a um dilema, refletir: em que papel estou?
- Uma das grandes habilidades para lidar com gente é bom senso
- Saber quando pedir ajuda é fundamental.

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Mande seu funcionário para o mar

Posted by Flor de Lotus on 05:42

Recebi esse texto de um amigo e compartilho. Quem não gostaria de trabalhar num lugar desses? E quem disse que não se pode ser responsável, bem sucedido e leve ao mesmo tempo?

MANDE SEU FUNCIONÁRIO PARA O MAR

Tudo que o aventureiro americano Yvon Chouinard faz, contraria dez entre
dez livros de negócios. Dono de fábrica de roupas e artigos esportivos, ele
pergunta a seus clientes numa etiqueta estampada em cada roupa: você
realmente precisa disto? Alpinista de renome, surfista e ativista
ecológico, ele se levanta de sua mesa e incita os 350 funcionários da sede
da empresa, na cidade de Ventura, na Califórnia, a deixar seus postos e
pegar suas pranchas de surfe tão logo as ondas sobem. Aos 67 anos de idade,
ele vai junto. Resultado: a empresa, que faturou US$ 270 milhões em 2006,
foi considerada pela revista Fortune a mais "COOL" do mundo, em uma
reportagem de capa.

Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos, apesar do
ambiente maneiro. A equipe é motivada e gabaritada, como o perfeccionismo
que o dono exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe cerca de 900
currículos - como o do jovem Scott Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs
no bolso e passagens por outras empresas, implorou para ser aceito como
estoquista de uma das lojas (ganhou o posto). Robinson justificou: “Queria
trabalhar numa companhia conduzida por valores”. Que valores são esses?
“Negócios podem ser lucrativos sem perder a alma”, diz Chouinard.

Essa alma está no parque de Yosemite, onde, nos anos 60, Chouinard se
reunia com a elite do alpinismo para escalar paredões de granito. Foi
quando começou a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis, uma
novidade. Vendia-os a US$ 1,50. Em 1972, nascia a empresa, com o objetivo
de criar roupas para esportes mais duráveis e de pouco impacto ao meio
ambiente. A filosofia do alpinismo - não importa só aonde você chega, mas
como você chega - foi adotada nos negócios. O lucro não seria uma meta, mas
a conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi pioneira no uso de
algodão orgânico (depois adotado por outras marcas), fabricou jaquetas com
garrafas plásticas usadas e passou a utilizar poliéster reciclado. Hoje, o
filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos, desenvolve pranchas de surfe sem
materiais tóxicos que diz serem mais leves e resistentes que as atuais.
Chouinard, que se define como um antiempresário, virou tema de estudo em
escolas de negócios. Quando dá palestras em Stanford ou Harvard, não sobra
lugar. Nem de pé.

Revista Época Negócios. jun. 2007. (Adaptado)

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Frases

Posted by Flor de Lotus on 05:38

"Competição hoje não é alguém tentando te ultrapassar. Competição hoje é quando alguém vem de uma direção qualquer, bate no teu carro e te tira da pista"
(não sei a autoria, mas li em uma revista no aperto do metrô...)

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Consultoria total flex - ou a saga da reunião

Posted by Flor de Lotus on 08:11

Minha amiga Rebecca reclamou que não tenho escrito nada. Pois é, Rebecca. A correria é tanta que nem tenho conseguido colocar as esquizofrenias no blog...
Só pra aproveitar a deixa, resolvi contar pra vocês sobre a saga da reunião de diretoria.
Estou em fase final de um projeto e faz parte do acordo fazer uma apresentação para todo o Board da empresa. O board é formado por pessoas muito ocupadas e conseguir uma brecha na agenda é tarefa complexa. O problema é que o projeto tem uma outra fase que só começa depois que essa for aprovada. Estávamos há semanas com um horário reservado para o dia 23 de setembro. Dois dias antes, em meio à correria para fechar uma apresentação bem executiva, com no máximo 30 minutos para relatar o que fizemos em 5 meses, adiaram a reunião para dia 29. Ok, mais tempo para exercitarmos nossa capacidade de síntese. Relaxamos um pouco e depois retomamos a construção da apresentação. Aí veio outra mudança: reunião adiantada para dia 28. Estresse subindo novamente, mergulhamos na apresentação de cabeça. Dia 24, informaram que não haveria espaço para nós na pauta do dia 28. Sem previsão de data. Ficamos desanimados, mas no aguardo. Dia 25 informaram que seria sim dia 28. Houve pressão de gente grande e enfiaram a gente lá. NO mesmo dia, de tarde, desmarcaram. Ficamos pro dia 6 de outubro, mas ainda não sei se vai ou não. Haja flexibilidade, né? Vida de consultor requer facilidade para lidar com mudanças. Temos que ser total flex! Agora é esperar dia 6 pra ver se rola... E enquanto tempos tempo, vamos mudando a apresentação sem parar... Como vocês podem ver, sim, gostamos de mudanças (mas não precisava exagerar...).

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Para Rebecca Leão

Posted by Flor de Lotus on 08:33

Outro dia estava lendo um texto na internet e o autor comentava sobre gestão de pessoas. Ele era coach de um executivo e estava rolando uma sessão de feedback. O orientado comentou algo como: as pessoas me acham arrogante e se afastam de mim, mas eu sou assim e ponto. E o coach perguntou: mas você precisa ser você mesmo o tempo todo? Adorei... às vezes nos queixamos que temos problemas com as pessoas, mas que isso ocorre porque somos assim mesmo. Temos que ser autênticos, mesmo que isso nos custe a solidão, a não promoção, etc. Até que ponto é melhor assumir nossa personalidade e arcar com as consequencias? Até que ponto é melhor usar a máscara? Não sou a favor de falsidade, mas se um pouco dela for útil para que nos sintamos melhor, quem sabe? Fazer o jogo, apostando em longo prazo... ´`E só ter cuidado pra máscara não grudar de vez na nossa cara... ou não...

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Falta de tempo

Posted by Flor de Lotus on 06:18
Nosso século tem muitos males - depressão, doenças resistentes, aliemntação desregrada, entre outros. Uma das desculpas constantes de muitas pessoas para não fazer determinadas coisas é a falta de tempo. Por que você não malha? Ah, não tenho tempo. Por que você não faz um curso de idiomas? Tô sem tempo. Por que você não visita sua tia avó? Não dá, não tenho tempo. E assim vamos...
Claro, para muitos não é desculpa, é assim que a vida segue mesmo: sem tempo. Trabalhar por mais de 10 horas por dia, engarrafamento, afazeres domésticos, família, amigos, saúde, afe! Muita coisa a administrar. Por isso achei curioso o artigo da revista Galileu com dicas para planejar o tempo. A matéria na íntegra você lê no site da Galileu, mas reproduzo abaixo as primeiras 20 dicas. Para mim, o que funciona é estabelecer prioridades e cumpri-las. Por vezes temos que criar tempo, não tem jeito. O que você faz para ter tempo?





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Aposentadoria

Posted by Flor de Lotus on 14:50

Assisti hoje uma palestra da jornalista Mara Luquet sobre aposentadoria. O título da palestra, muito sugestivo, era: a revolução da longevidade. A apresentação começava com uma foto publicada no New York Times (não localizei a foto) que apresentava uma família muito interessante. A matriarca com 118 anos, sua filha com 95, seu neto com 79, sua bisneta com 49, sua tataraneta com 27 e seu tatara-tatarneto (nem sei como dizer isso) com 3 anos. O retrato espelha uma sociedade que vive mais e melhor. Traz reflexões também. O que é meia idade hoje? 30, 40, 50 anos? A previdência estará preparada para suportar essas pessoas aposentadas até seus 100 anos de idade? E o que fazer com tanto tempo livre? É possível viver apenas da aposentadoria, ou teremos que buscar uma segunda carreira para complementar a renda?

A apresentadora questionou o termo aposentadoria (retirement em inglês), e trouxe o freetirement como um substituto. Freetirement seria um novo nome para o tempo após a aposentadoria onde se começaria de novo com certa independência financeira, na linha de construir uma segunda carreira.

Outro ponto interessante – para mim em particular – foi sobre o gap de mercado de trabalho. Em algum momento as pessoas que estão hoje no mercado de trabalho vão se aposentar e deixarão um grande vácuo de conhecimento. Os mais novos não estariam ainda preparados para assumir suas tarefas. Como então retê-los? Contratando-os como consultores? E o que seria atrativo para essas pessoas? Horário flexível? Salário alto? Plano de saúde?

Por fim ela mencionou algumas regras para que nos preparemos para o período de freetirement:

1 – Pague a você primeiro (no sentido de poupar grana para esse período, mesmo que ache que há contas mais urgentes a pagar)
2- Faça isso automaticamente (sem desculpas)
3 – Separe 10% do seu salário
4 – Lembre-se da força dos juros compostos

Boa reflexão!

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Denunciando a esquizofrenia do Prefeito...

Posted by Flor de Lotus on 07:27
Pessoas

Recomendo a leitura da coluna da Miran Leitão no seu blog nO Globo, postado em 21/8. O texto é Eduardo Paes aumenta a burocracia para arrecadar mais.
O post comenta sobre o choque de ordem, que vem tomando conta da cidade e trazendo algumas medidas muito boas e outras incomrpeensíveis (ao menos para mim).

Reproduzo o texto abaixo:

Enviado por Alvaro Gribel - 21.8.2009 16h42m - Prefeitura do Rio

Eduardo Paes aumenta burocracia para arrecadar mais

Em plena era da internet e das soluções em tempo real, a administração Eduardo Paes aumentou a burocracia na Prefeitura do Rio para arrecadar mais. A informação foi dada pelos próprios servidores, ligados à Secretaria de Ordem Pública.
O motorista que possui um carro rebocado é obrigado pela Prefeitura do Rio a pagar diárias que vão de R$ 20,22 (motocicletas) a R$ 199,98 (ônibus, caminhões e similares) pelo tempo em que o carro não é retirado do depósito. Ou seja, quando maior o tempo dos veículos no pátio, mais dinheiro entra para os cofres da prefeitura.
Ainda de acordo com informações de servidores, a gestão Eduardo Paes trocou o tipo de boleto para o pagamento, eliminando o código de barras que possibilitava o pagamento em casa lotéricas. Agora, usa-se um boleto comum, desses que se compra em papelaria, que só pode ser pago na boca do caixa e em horário de funcionamento dos bancos (que é reduzido). Com isso, os carros passam mais tempo nos pátios pagando mais diárias.
Ao mesmo tempo em que tenta promover um choque de ordem na cidade, a Prefeitura não consegue colocar em ordem as informações que passa ao público. Seu site (vejam aqui) diz que o pagamento pode ser feito em Casas Lotéricas, informação negada pelos servidores que disseram que esse site está desatualizado. Além disso, o telefone de informações ao público (21) 3293-1700 não funciona.
Como mostrou reportagem desta sexta-feira da jornalista Carla Rocha, do Globo, esse tipo de cobrança está sendo questionada na Justiça. As decisões proferidas até agora apontam que a Prefeitura pode apenas cobrar multas referentes à infração.
O blog solicitou por e-mail as seguintes informações à assessoria de imprensa da Prefeitura do Rio: Qual a receita das diárias de reboque (incluindo todos os tipos de veículos) no 1º semestre de 2009? Qual a mesma receita em anos anteriores? Quantos veículos foram rebocados de janeiro a julho deste ano? Quantos pagaram diária por pernoitar no estacionamento da Prefeitura? Por que o boleto para a retirada do veículo não permite o pagamento com código de barras, como era na gestão Cesar Maia? Quando isso foi alterado? O site da Prefeitura diz que pode ser pago em casas lotéricas, mas a informação passada na Rua das Andradas, 92, é que não pode. Como explicar isso? O telefone de informações ao público (21) 3293-1700 não funciona desde pelo menos quarta-feira. Por qual motivo?
Vamos ver em quanto eles retornarão e quais explicações têm a dar.
E vocês, leitores, têm visto aumento de burocracia na gestão pública?

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Medicina Avançada

Posted by Flor de Lotus on 06:37

Não acredito que o texto seja real, mas bem que eu queria um médico desses. Ele me fez lembrar meu saudoso clínico geral, Dr. Darze, médico que cuidou de toda minha família até falecer. Uma das últimas vezes que o procurei estava em um momento de grande estresse, fazendo vestibular, estudando muito. Sabe o que ele me receitou? Chocolates! Depois, na faculdade, conheci a poesia do Fernando Pessoa que sempre me traz à mente a imagem daquele médico fantástico. A poesia diz: Como chocolates menina, que na vida não há mais metafisica do que comer chocolates. Não me lembro o nome do poema, mas esse verso é inesquecível... Enfim, segue o conselho do tal médico que motivou esse post!

Entrevista do dr. Paulo Ubiratan, de Porto Alegre, para uma TV local

Pergunta - Exercícios cardiovasculares prolongam a vida. É verdade?
Resposta: O seu coração foi feito para bater por uma quantidade de vezes e só... Não desperdice essas batidas em exercícios. Tudo se desgasta com muito uso. Acelerar seu coração não vai fazer você viver mais: isso é como dizer que você pode prolongar a vida do seu carro acelerando mais o motor. Quer viver mais? Tire uma soneca!!!

P - Deve-se cortar a carne vermelha e comer mais frutas e vegetais?
R: Você precisa entender a logística da eficiência! O que a vaca come? Capim, milho, folha de cana e alguma cana de açúcar. O que é isso? Vegetal. Então um bife nada mais é do que um jeito saboroso de ingerir folhas verdes. Precisa de grãos? Coma frango.

P - Devo reduzir o consumo de álcool?
R: De jeito nenhum. Vinho é feito de fruta. Cachaça é caldo de cana destilado, o que significa que eles tiram a água do vegetal de modo que você tire maior proveito dela. Cerveja também é feita de grãos. Pode entornar!

P - Quais são as vantagens de um programa regular de exercícios?
R: Minha filosofia é: se não tem dor...tá bom!

P: Frituras são prejudiciais?
R: VOCÊ NÃO ESTÁ ME ESCUTANDO?! Hoje em dia a comida é frita em óleo vegetal. Na verdade ficam impregnadas de óleo vegetal. Como pode mais vegetal ser prejudicial para você?

P - Flexões ajudam a reduzir a gordura?
R: Absolutamente não! Exercitar um músculo faz apenas com que ele aumente de tamanho.

P - Chocolate faz mal?
R: Tá maluco? Cacau!!!! Outro vegetal!! É uma comida boa pra se ficar feliz!!! E lembre-se: a vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a intenção de chegar lá são e salvo, com um corpo atraente e bem preservado. Melhor enfiar o pé na jaca - cerveja em uma mão, tira-gosto na outra -, muito sexo e um corpo completamente gasto, totalmente usado, gritando: VALEU!!! QUE VIAGEM!!!

AH, E SE CAMINHAR FOSSE SAUDÁVEL O CARTEIRO SERIA IMORTAL!

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Azeitonas

Posted by Flor de Lotus on 12:51

Metrô, 8:30 da manhã. O trem, já lotado, chega à estação Central. Empurra empurra e alguém fala:
- Ai, tô me sentindo que nem azeitona no vidro!
É, boa definição pra delícia que é andar de metrô na hora do rush...

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Mind the gap

Posted by Flor de Lotus on 03:21

Voltei a freqüentar o metrô e, com isso, voltam as minhas observações sobre esse meio de transporte que tinha tudo pra ser prático.
Toda vez que o trem se aproxima de uma estação em curva, minha esquizofrenia é ativada. A moça do alto falante fala o nome da estação em português e alerta para o vão entre o trem e a plataforma. Quando é a vez de falar a mesma coisa em inglês, a moça diz: Next stop, Uruguaiana Station. Mind the gap. Gente, eu fiquei muito tempo tentando entender o que era isso que ela dizia ao final. Até porque, é dito sem muita entonação, parecendo algo desconexo do nome da estação. E aí começou minha paranóia. Eu ficava pensando que isso só podia ser uma mensagem subliminar do metrô: use os metrôs todos os dias sem reclamar. Algo assim. Até porque, o metrô é sofrível, mas parece que todos se conformam com isso. Mas o que importa é que até 2014 teremos duas novas estações e as estações atuais estão sendo reformadas!!! Mind the gap!

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Frase

Posted by Flor de Lotus on 03:46
Estava dia desses assistindo um show no Rio Scenarium do Rildo Hora, quando ele disparou a seguinte frase:
"Os suburbanos, as mulheres e os nordestinos estão tomando conta de tudo"
Será???

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Você anda estressado?

Posted by Flor de Lotus on 03:24

Se você não tem certeza se anda estressado ou não, observe alguns sinais:

Você usa seu crachá pra passar na roleta do metrô?

Você tenta pagar a farmácia com seu vale refeição eletrônico?

Você põe a mão debaixo da torneira da sua casa e não entende porque a água não sai sozinha?

Você acorda de manhã no meio da semana e não sabe que dia da semana é nem se tem que ir trabalhar?

Você acorda no domingo às 8 da manhã achando que está atrasado pro trabalho?

Você troca a ordem das letras quando escreve no computador e, ultimamente, também quando escreve à mão?

Você troca os nomes das pessoas, chamando o pessoal do seu trabalho pelo nome do povo da sua casa?

Você fica em dúvida se almoçou ou não lá pelas 3 da tarde?
(não vou nem perguntar se você lembra o que almoçou ontem...)

você atende o telefone da sua casa dizendo o nome da sua empresa?

Se você respondeu sim a várias dessas perguntas, você realmente precisa de férias... Mas o consolo é que você não é o único!!!!

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Apagando incêncio

Posted by Flor de Lotus on 03:13
Dia desses tive que sair do meu cliente para fazer um treinamento na minha empresa. Era um treinamento a distância, mas fui até a empresa para que ficasse mais rápido na rede de lá. Com isso, ficaria ausente do cliente a manhã toda, e tive que justificar por lá minha necessidade de ficar fora.
Cheguei na empresa, me conectei e fiquei aguardando o início do curso, que seria ministrado do escritório de São Paulo. Houve alguns problemas técnicos – coisas de tecnologia – mas depois o curso começou a fluir. De repente, se fez um silêncio total e absoluto na sala de aula. Achei que eram os tais problemas técnicos de novo, até que recebi uma mensagem informando que o curso tinha sido interrompido devido a uma simulação de incêndio no prédio onde estavam os professores. Teríamos então que continuar outro dia. Afe!!!! Dá pra acreditar nisso???

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A força de um feedback positivo

Posted by Flor de Lotus on 13:57
Estou acostumada a receber apenas feedbacks negativos (que chamo carinhosamente de fodebacks). Hoje, porém, aconteceu algo inédito. Após conduzir uma apresentação, meu gerente fez um elogio à minha atuação. Na hora, por falta de hábito, fiquei envergonhada, sem saber o que fazer. Depois me senti mais confiante para conduzir as próximas apresentações. Gente, feedback positivo existe, não é que nem cabeça de bacalhau ou enterro de anão! Foi tão bom!!!! Recomendo...

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Como as empresas lidam com a crise

Posted by Flor de Lotus on 12:04

A marola vem nos atingindo em cheio e muitas são as demissões e os cortes de orçamento. Algumas empresas tentam jogar limpo com seu pessoal e anunciam o que vem sendo cortado claramente. Em geral, cortam cursos, viagens, reuniões externas, confraternizações. Minha empresa anunciou que está apagando as luzes todos os dias às 20h e cortou viagens para treinamentos, tentando realizar turmas menores nos locais de trabalho de cada um, ao invés de mandar todos para São Paulo fazer os cursos internos, entre outras coisas. Anunciou também que não pretende demitir (ainda). Outras empresas anunciam cortes da ordem de até 20% do quadro e, embora o clima fique tenso, ainda acho melhor do que surpresas. Hoje um amigo, que recentemente teve um intercâmbio no exterior aprovado, recebeu uma surpresa. Ele viajaria em maio e já estava com tudo acertado, inclusive sua mulher conseguiu férias para acompanhá-lo e já tinha comprado passagem e hospedagem. Meu amigo estava tranqüilo, pois a empresa dele não tinha cortado nada até então, mantendo seu ritmo de cursos, viagens, festas. Ele, que trabalha em uma grande consultoria, estava alocado em vários projetos e com boas avaliações de performance. Hoje, foi chamado à sala do diretor e demitido. Assim, sem choro nem vela, faltando um mês para o curso no exterior, já pago inclusive, recebeu a notícia que está na rua a partir de amanhã. Como avaliar uma empresa assim? Sei que no mundo dos negócios não se pode ser transparente o tempo todo, mas custa pensar que do outro lado tem uma família, uma pessoa com sentimentos, planos, obrigações? É muita esquizofrenia pra minha cabeça...

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Esquizofrenia no ônibus

Posted by Flor de Lotus on 07:40

Uma amiga presenciou um fato muito louco no ônibus esse final de semana. Voltando de Ipanema no 457, entrou no ônibus uma mulher acompanhada de seus cinco filhos e com o sexto na barriga. Todos se sentaram, sendo que a mulher ficou na janela, ao lado de um dos filhos, outros dois juntos em um banco, e os outros espalhados.
Um deles estava sentado no corredor ao lado de uma senhora. Lá pelas tantas a mulher gritou pra senhora:
- Ô dona, troca de lugar com o meu filho.
A senhora respondeu educadamente que não, não gostaria de trocar de lugar. Depois disso, deu-se o surto. A mulher começou a gritar que o filho estava pasando mal e precisava sentar na janela. A senhora se manteve irredutível, informando que havia pago a passagem e, portanto, tinha direito de permanecer ali. A outra gritava que também havia pago e tinha direito de colocar o filho na janela. Em nenhum momento ela mesma se prontificou a trocar de lugar com o filho, ou de rearrumar os filhos entre si para que o que supostamente passava mal pudesse enfim colocar a cara na janela. Em vez disso, ela ficou xingando a senhora de nomes impublicáveis aqui, sendo que, ao meu ver, o auge foi quando ela começou a bradar:
- Sua piranha (na verdade ela usou outra palavra, vocês podem imaginar). Seu problema é falta de piru (sic).
Eu confesso que fiquei confusa. Como pode uma prostituta sofrer de falta desse tipo?
Após 10 longos minutos de xingamento, sem reação por parte da senhora e sem interferência de nenhum outro passageiro, a mulher resolveu, enfim, mudar de lugar com o filho. Este, por sua vez, estava sereno, sem demonstrar nem a mínima indisposição.
Quando a mulher resolveu saltar, ainda parou na frente da senhora e a xingou a plenos pulmões uma vez mais e depois desceu do ônibus com sua penca de filhos a tira colo.
Andar de ônibus é, de fato, um esporte perigoso...

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Segundo verbete do glossário

Posted by Flor de Lotus on 06:45
Freemium - O investidor de risco Fred Wilson, da Union Square Ventures, popularizou o termo freemium para descrever um modelo emergente de negócio — bastante comum no segmento de serviços online e de companhias de software — por meio do qual se conquista usuários em massa através da oferta gratuita de produtos e serviços. O usuário só pagará por eles no momento em que optar pela versão ampliada. O objetivo das empresas é subsidiar com isso o uso gratuito dos produtos e serviços.
(http://www.wharton.universia.net/)

Freeconomics – economia a base de estratégias freemium.

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Método do tijolo para contratação de funcionário!

Posted by Flor de Lotus on 12:55

O método consiste em:

1-Colocar todos os candidatos num galpão
2-Disponibilizar 200 tijolos para cada um.
3-Não dê orientação alguma sobre o que fazer..
4-Tranque-os lá.

Após seis horas, volte e verifique o que fizeram.

Segue a análise dos resultados:

1 - Os que contaram os tijolos contratem-os como contadores.

2 - Os que contaram e em seguida recontaram os tijolos, são auditores.

3 - Os que espalharam os tijolos são engenheiros.

4 - Os que tiverem arrumado os tijolos de maneira muito estranha, difícil
de entender, coloque-os no Planejamento, Projeto e Implantação Controle de
Produção.

5 - Os que estiverem jogando tijolos uns nos outros, coloque-os em
Operações.

6 - Os que estiverem dormindo, coloque-os na Segurança.

7 - Aqueles que picaram os tijolos em pedacinhos e estiverem tentando
montá-los novamente, devem ir direto à Tecnologia da Informação.

8 - Os que estiverem sentados sem fazer nada ou batendo papo-furado são dos
Recursos Humanos.

9 - Os que disserem que fizeram de tudo para diminuir o estoque, mas a
concorrência está desleal e será preciso pensar em maiores facilidades, são
vendedores natos.

10 - Os que já tiverem saído são gerentes.

11 - Os que estiverem olhando pela janela com o olhar perdido no infinito,
são os responsáveis pelo Planejamento Estratégico.

12 - Os que estiverem conversando entre si com as mãos no bolso
demonstrando que nem sequer tocaram nos tijolos e jamais fariam isso,
cumprimente- os com muito respeito e coloque-os na Diretoria.

13 - Os que levantaram um muro e se esconderam atrás são do Departamento de
Marketing.

14 - Os que afirmarem não estar vendo tijolo algum na sala, são advogados,
encaminhem ao Departamento Jurídico.

15 - Os que reclamarem que os tijolos 'estão uma porcaria, sem
identificação, sem padronização e com medidas erradas', coloque na
Qualidade.

16 - Os que começarem a chamar os demais de 'companheiros' , elimine-os
imediatamente antes que criem um sindicato.


Atenciosamente,

Psicólogo Chefe

PS: Indicação de minha querida Rebeca! Adorei!!!!

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Prima Dona

Posted by Flor de Lotus on 12:50

Uma amiga, consultora muito experiente, me contou uma pérola de uma reunião.

Estavam todos reunidos discutindo o planejamento para esse ano e os recursos que caberiam a cada projeto. Minha amiga preparou todo seu planejamento junto com uma outra consultora que vou chamar aqui de Geni. O condutor da reunião, que vou batizar de Osama, resolveu que minha amiga não poderia mais contar com a Geni. Minha amiga vem sendo sabotada desde que Osama assumiu um cargo de chefia. Ela vem sendo esvaziada de projetos estratégicos e de equipe. Nesse momento, minha amiga, que teria uma defesa de tese a enfrentar logo após a reunião, tomada de nervosismo e inconformismo, numa última tentativa de se preservar, pediu licença e deixou a reunião.

Quando ela estava na porta, Osama soltou a bomba:

- Você é uma prima dona ridícula!

Que nível, hein? Primas-donas são divas da ópera, cheias de talento, com voz maravilhosa e uma beleza singular, além de temperamento fortíssimo. Definição da wikipedia para prima dona: A person who considers himself or herself much more important than others, has high expectations of others and becomes angry when his or her standards or demands are not met.

Bom, amiga, ao menos tem a beleza para balancear seu “gênio de cão”. E o ridícula, então? Chamar o companheiro de trabalho de ridículo é simplesmente RIDÍCULO! Digno de queixa na ouvidoria. Ou isso não é assédio moral, gente???? Aliás, a empresa em que minha amiga trabalha é rainha em esquizofrenias, viu... Cada história que me contam...

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Glossário de Gestionês

Posted by Flor de Lotus on 10:36

Ultimamente tenho ouvido uns termos estranhos, mas só agora decidi coletá-los. Inicio com esse post os primeiros verbetes do Glossario de Gestionês, a linguagem dos gestores. Quem tiver sugestões, mande pra mim!

CROWDSOURCING – espécie de brainstorm virtual onde os internautas podem sugerir soluções para um problema posto. Vem sendo usado pelo governo da Irlanda numa tentativa de encontrar boas ideias para atenuar a onda de desemprego que a assola. As melhores ideias passam pelo crivo de um grupo de economistas, empresários e outros especialistas. Aquelas que são realmente plausíveis chegam, então, às mãos do governo irlandês.

DABBAWALA - é o termo hindu que se refere aos entregadores de marmita de Bombaim, na Índia. Utilizando um sistema rústico de controle, conseguem entregar a comida certa no endereço certo e hora certa em cerca de 99,9% das vezes. Seu sistema de organização vem sendo estudados por acadêmicos e viraram sinonimo de eficiência.

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Espelho anti depressão

Posted by Flor de Lotus on 12:12

Li algum tempo atrás que em Cingapura, os operadores de call-center da Crimson Logic (cujos produtos são soluções tecnológicas para governo) têm um jeito curioso de recuperar a auto-estima. O pessoal do RH percebeu que eles estavam muito estressados, pois a maior parte das ligações que atendiam era de reclamações e de clientes agressivos. A solução encontrada pelo RH para melhorar a auto-estima e o humor dos atendentes foi acrescentar um item à estação de trabalho: um espelhinho na frente de cada atendente. Assim eles podem parar por alguns segundos, entre um atendimento e outro, e se olhar um pouquinho. Segundo o supervisor deles, isso é suficiente para que eles recuperem a auto-estima.

Eu fiquei me perguntando se isso é coisa de cultura ou se serve para todo mundo. Imagino que se o atendente for alguém com tendências depressivas, ao se olhar ele pode ainda piorar. Ou se a auto-estima estiver tão ausente que o fato de se encarar funcione como uma justificativa para o mau humor do cliente. Algo como a constatação de “eu sou um merda mesmo”. Sei lá… Talvez eu esteja sendo pessimista ou simplesmente questionando uma ideia apenas por ela ser tão simples. Por sinal, acabo de lembrar de uma aula de uma amiga sobre inovação, onde ela sempre dizia que as melhores ideias são as mais simples, e citava o clips como exemplo… Minha descrença deve ser parte da esquizofrenia do mundo moderno, que tende a fazer crermos que nada que não seja tecnológico não seja considerado como ferramenta. Por via das dúvidas, vou deixar um espelhinho na minha bolsa e, toda vez que tentarem me derrubar, vou mirar nele pra ver se melhoro! Que nem aquele ppt que todo mundo já recebeu com uma foto de um gato se olhando no espelho e vendo um leão…

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Twitter

Posted by Flor de Lotus on 11:02

Nós somos ricos em idéias e adaptações, faz parte da natureza do ser humano em sua busca pela sobrevivência e satisfação. Venho ouvindo falar de Twitter por aí, mas não sabia exatamente o que era. Fui ao twitter de alguém e achei aquele troço muito parecido com um fórum de alguma comunidade. No último final de semana pude ler o artigo da Revista Época sobre o tema e fiquei pasma de não ter percebido o que de fato era o tal twitter. Ele funciona como uma comunidade, onde se coloca pequenos posts, de no máximo 140 caracteres. Ao aderir ao twitter a pessoa seleciona algumas outras para acompanhar (seguir) e começa a acumular seguidores do seu próprio pedacinho virtual. Dá pra usar o celular pra seguir nas atualizações. E qual é a pergunta básica do site do twitter? “O que você está fazendo?” E as pessoas simplesmente vão respondendo, ao longo do dia. Coisas banais (ou nem tanto) sendo acompanhadas por desconhecidos. E em velocidade alucinante.
Os mais modernos, arrojados, novos que me desculpem, mas não pude deixar de lembrar de George Orwell e seu grande irmão do livro 1984. Daí a introdução a esse post. Publicado em 1949 quando o autor se revoltou com o totalitarismo, o livro relatava um futuro cinzento, onde o governo dominava tudo e existia a figura do Grande Irmão, que tudo vigiava. Não bastava termos invertido o sentido do grande irmão de Orwell com o nosso homônimo reality show (onde as pessoas se colocam no centro das atenções voluntariamente), agora aprimoramos ainda mais a exposição voluntária, potencializando em muito as possibilidades. Qualquer um pode se expor no twitter e qualquer um pode seguir. Não me entendam mal, sou totalmente a favor dessa brincadeira, tanto como sou usuária de orkut, msn e fã de carteirinha de torpedos sms. Só fico pensando se as pessoas estão preparadas para seguirem e serem seguidas e o que faz com que essas novidades sejam tão atraentes para tanta gente. Afinal, o que tme de relevante em dizer o tempo todo o que estamos fazendo? Ou será que era justamente pra não ser relevante? Ai, tantas dúvidas...
Não quero filosofar, só levantar algumas bolas. Seria um sintoma da nossa correria mundana? Seria carência? Seria histeria coletiva? Não sei, mas intuo que em breve minha filha estará usando isso, então é melhor eu conhecer (experimentar, talvez...) para poder saber o que é quando ela incorporar com enorme naturalidade esse jeito novo de se comunicar com o mundo...

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Gabriel Souza

Posted by Flor de Lotus on 10:29
Gente, eu não tenho andado muito de metrô nos últimos dias, mas quando vi o blog do Gabriel Souza não pude deixar de me identificar. Vejam essa charge!


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Reflexão de RH

Posted by Flor de Lotus on 12:22

Estava lendo um texto do MIT (um daqueles cursos que eles disponibilizaram na rede) sobre RH estratégico e me deparei com um slide que trazia algumas afirmativas interessantes, que reproduzo aqui. Apenas para não ficarem voando, elas são citadas no capítulo do curso sobre trabalho em equipe e mencionam “some lessons learned the hard way”:

•As organizações sempre têm grandes expectativas e para muito rápido. (Organizations often expect too much, too soon)
•As coisas geralmente pioram antes de melhorarem.
•Gerentes e supervisores são ameaçados.
•Uma nova perspectiva de liderança é necessária.
•É preciso começar com uma filosofia e propósitos claros.
•O pessoal técnico sempre se vê como perdedor.
•Implementação precisa de planejamento cuidadoso.
•Empregados precisam desenvolver habilidades técnicas e comportamentais.
•Treinamento contínuo é essencial.
•Estabilidade é crucial; rotatividade é mortal.

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Contendo ímpetos

Posted by Flor de Lotus on 12:36

Sou uma pessoa que está sempre atenta ao que acontece em volta. E, além disso, estou sempre disposta a ajudar. Sempre agi assim, e cultivei uma imagem de pessoa colaborativa em todas as empresas que trabalhei, sem me preocupar se a ajuda em questão era para pensar, carregar peso, ouvir ou trabalhar pelo outro. Desde que fosse tudo ético e lícito, não me importava. Observo, porém, que na empresa onde estou atualmente, tenho que me conter. As pessoas não são abertas à minha cooperação. Eu acho muito estranho e me magoo com isso, mas já venho exercitando o silêncio em certos casos. Não sei porque o meu comportamento não é aceito nesse grupo. Talvez porque eu ainda não tenha sido aceita no grupo, ou ainda não tenha mostrado minha capacidade de auxiliar, ou talvez a cultura da empresa simplesmente seja essa. Difícil descobrir, mas estou aprendendo a ficar quieta quando alguém pergunta ao colega do lado se tem um chocolate. Minha gaveta sempre tem chocolate, mas hoje em dia não ofereço mais. Porque se o fizer, vão me achar intrometida ou interesseira. Ou quando um colega pergunta sobre uma empresa que eu conheço e eu tento dizer o que ele quer saber e ele não ouve. Hoje não digo nada. Por sinal, tenho trabalhado cada vez mais de fones de ouvido, para não saber o que rola em volta e não cair em tentação. Mas que fique registrado: ajo assim inconformada, porque acho que todo mundo ganha quando se colabora...

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Esquizofrenia Religiosa

Posted by Flor de Lotus on 07:55

Depois das lamentáveis declarações do arcebispo do Recife sobre o caso da menina de 9 anos estuprada pelo padastro, achei que nada mais na Igreja iria me surpreender. Revoltada que fiquei com o caso, tenho certeza que uma menina dessa idade não deve levar adiante uma gravidez, ainda mais sendo de gêmeos e ainda mais decorrente de violência sexual. Deus que me perdoe, mas xinguei muito esse arcebispo. Aliás, Deus deve estar se perguntando o que fizeram com o mundo perfeito que Ele criou. Mas quando eu achava que nada me espantaria mais, descobri que o arcebispo excomungou os médicos que fizeram o aborto e os parentes da menina, mas o estuprador não! Conclusão: estupro tem perdão, só aborto que não. Lamentável.

Qual não foi minha surpresa quando li hoje no Globo uma declaração do Vaticano dizendo que a máquina de lavar roupa fez mais pela liberação da mulher no século 20 que a pílula anticoncepcional. Tem comentário mais machista, careta e sem noção que esse? Ah, claro, tem o do tal arcebispo... Mas esse vem em seguida. Não é à toa que a Igreja Católica Apostólica Romana vive perdendo fiéis para outras religiões e vertentes. Eu mesma fui criada católica, sempre gostei de ir à missa, de rezar, mas me afastei da Igreja após algumas revelações que me desceram atravessadas. Certa vez, numa missa, o padre resolveu falar sobre uma atriz que tinha decidido ser mãe solteira. Ele condenou abertamente, dizendo que era um absurdo ter um filho sem pai, fora do casamento. Ora, mas o que a moça deveria fazer então? Porque aborto não pode... Ah, já sei: castidade total... Desculpem pela minha ignorância... Espero que Deus ilumine seus seguidores e faça deles menos esquizofrênicos...

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Choque de Gerações

Posted by Flor de Lotus on 05:55

Estava lendo um texto sobre gestão de pessoas quando me deparei com uma revelação estarrecedora (para mim). É comum se comentar sobre a entrada no mercado de trabalho dos baby boomers, geração X e geração Y. Os baby boomers, nascidos no pós guerra, entre 1945 e 1961, hoje estão se aposentando. A geração Y é a mais nova, e sempre achei que pertencia a ela. Daí o meu choque. Descobri que a geração Y é formada por pessoas nascidas a partir de 1978, enquanto a X é formada por nascidos entre 1962 e 1977. Meninos, estou velha! Mas isso explica muita coisa. Li uma frase uma vez (não me lembro de quem) que dizia que a gente percebia que estava ficando velho quando parava de falar mal dos mais velhos e começava a falar mal dos mais novos. É isso que está acontecendo comigo… Muitos representantes da geração Y me incomodam, pois trazem com eles um imediatismo, arrogância e auto confiança. Em geral são aqueles cujos pais cobriram de mimos, cuidados e proteção e têm a velocidade da tecnologia em suas veias. Muitos dos seus representantes não aceitam realizar tarefas que consideram menores (falta humildade) e querem ascensão rápida. Como representante – ainda que tardia – da geração X, acho um absurdo alguém chegar e já querer sentar na janela. Recordo sempre da frase de um gerente que tive, da geração dos boomers, que dizia: pato novo não mergulha fundo. Acredito que temos que começar de baixo para poder compreender melhor o topo quando lá chegarmos. Porém, não precisamos ser patos novos por 5 anos… A questão é como estipular o que é preciso para que cada um se desenvolva e possa, enfim, mergulhar fundo? Até porque, maturidade vem com tempo e experiência, não com estudos em faculdades badaladas e não se tem como determinar o tempo de desenvolvimento de cada um. A verdade é que às vezes me sinto como uma vovó olhando os netinhos entrarem no mercado de trabalho…

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Quem tem medo de Lady Kate?

Posted by Flor de Lotus on 12:26

Ontem fui visitar um cliente para apresentar um rascunho de proposta de serviços baseado em um termo elaborado por ele. No termo constava um prazo de 12 meses para a execução, e assim fizemos. Na hora de apresentar, a gerente responsável foi o mais incisiva possível, o tempo todo ditando as regras sem querer ouvir o que nos motivou a colocar as coisas daquele jeito. Tudo bem, o cliente tem sempre razão. Seguimos em frente. Quando chegamos no cronograma, ela disparou:
- 12 meses não, quero isso pronto em 12 semanas!
Eu quase cai dura. Foi inevitável a imagem de Lady Kate dizendo: To pagando!!!
Como assim mudar um prazo de 12 meses pra 12 semanas? O que esse povo pensa da vida? Dá pra reduzir sim, mas tudo isso???? Ok, o cliente tem sempre razão e vamos apresentar nova proposta (com 16 semanas no lugar de 12) e com uma equipe mega grande pras coisas correrem em paralelo... Confesso que fiquei com medo da Lady Kate... Se o projeto sair, vamos ter muito assunto no blog...

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Dentista

Posted by Flor de Lotus on 12:51

Hoje Fui ao dentista, após alguns anos sem frequentar aquela cadeira. Antes que me julguem, deixem-me explicar. Da última vez que fui ao dentista, apenas para uma limpeza, fiquei 3 dias de licença depois de um jato de bicarbonato. Não sei se foi reação alérgica ou se o dentista acertou o jato direto na minha glândula salivar. O fato é que o lado esquerdo da minha cara inchou na hora, meu olho fechou, minha garganta também, e no trajeto do consultório até a minha casa assustei várias pessoas. Levou tempo praquele ar todo sair da minha cara (sim, porque quando eu pressionava minha bochecha, fazia shhhhhhhh) e eu fiquei traumatizada.

Entre minhas resoluções de ano novo decidi que era tempo de ir ao dentista. Fui mês passado fazer um orçamento e resolvi esperar o carnaval passar (nunca se sabe, melhor aproveitar os festejos antes de ficar de cara de Humpty Dumpty de novo). Hoje era o dia, e lá fui eu em pânico. Cheguei antes da dentista comecei a fantasiar que ela não iria. Estava indo embora quando ela chegou (!?!). Então pedi para ir ao banheiro antes e descobri que não tinha água. Pensei: oba, não tem água, não vai ser hoje! Pura ilusão, era só abrir o registro... Não teve escapatória, tive que sentar na maldita cadeira.

Meu objetivo ali era restaurar uma antiga obturação que infiltrou. Nunca tinha feito nada com anestesia antes, mas estava com tanto medo que resolvi tentar. Ocorre que já não sabia mais se estava com mais medo da restauração ou da anestesia. A dentista, muito boazinha e calma, foi me dizendo o procedimento. Eu ainda pedi um anestésico tópico antes da picada fatal. Ela passou um creminho e me senti mais confiante. Já estava quase relaxada quando: pimba! Veio a agulha e com ela uma espécie de choque. Um horror, só não desmaiei porque ela percebeu minha falta de cor e virou a cadeira, me deu água - que com minhas mãos trêmulas estava difícil de beber, imagina com metade da boca funcionando – e esquentou minhas mãos (que além de trêmulas estavam gélidas que nem o suor que escorria pelas minhas costas). O efeito da anestesia foi imediato (graças a Deus) e extenso (até meu ouvido anestesiou). Fui me acalmando aos poucos e ela pode trabalhar. Fiquei uma hora e meia de boca aberta, mas depois alcancei uma paz quase celestial enquanto o motorzinho trabalhava. Fiquei praticamente bêbada (sou fraca pra bebidas e, descobri hoje, pra anestesia também) e tive que me esforçar muito para achar o caminho pro trabalho. Tive um acesso de riso ao constatar que só sentia a água gelada em metade da língua e meti os dedos na boca pra ver se ainda tinha dentes.

Vocês devem estar rindo ou me achando retardada, mas foi exatamente assim que me senti. Sou fresca, em dado momento até derramei uma lagrimazinha, mas embora fresca não fujo da raia. Encaro: com quedas de pressão, lágrimas e tremeliques, mas encaro. É ou não é algum tipo de loucura? Acho que vou iniciar uma enquête: quem vai ao dentista feliz e relaxado? Quem não se incomoda com o barulho daquele motor? Será que não evoluímos o suficiente pra ter uma broca sem barulho? Eu cheguei a levar meu ipod, mas nem escutar direito do lado da anestesia eu conseguia. Enfim, um pouco de loucura assumida nessa segunda feira após o carnaval...

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Frases para tempos de crise

Posted by Flor de Lotus on 08:29

"Minha grana tá curta que nem rabo de cotia"
(já passaram pelo campo de santana e repararam no rabo da cotia?)

"Pra quem não tem nada, metade é o dobro"
(faz sentido...)

"Malandro é o gato, que já nasceu de bigodes"
(eu nem sabia que pra ser malandro tinha que ter bigodes...)

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A melhor frase do carnaval

Posted by Flor de Lotus on 06:02

Queridos, adoro carnaval, por isso me mantenho nesse tema... perdoem e divirtam-se.

Um repórter da Globo entrevistava o carnavalesco Milton Cunha antes de sua escola entrar na avenida e comentou sobre seu terno rosa. O carnavalesco disparou:

- Rosa não, é grená! Logo se vê que você não é bicha!

Pois é... O cara é uma figura! Vale uma conferida no blogue dele, chamado Buraco da Lacraia: http://odia.terra.com.br/blog/miltoncunha/

Só para atiçar a curiosidade, a ultima postagem dele é: 'Não crio juízo porque não sei o que ele come.....'

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carnaval maluco

Posted by Flor de Lotus on 12:46

O carnaval acabou, embora o ano ainda esteja em compasso de espera até segunda feira... Pulei todos os dias e vi muita gente doida. Doida de cerveja, doida de droga, doida da vida... Doida de pular ou fantasiada de doida. Carnaval é época de liberação. Quem se esconde o ano inteiro sai do armário. Os tímidos se animam, os adultos viram criança. As músicas se repetem nos bailes, mas a gente nem liga, só canta como se fossem inéditas todas as marchinhas, todos os dias... E ainda tem desfile das escolas de samba. Minha filha diz que isso tudo é um desperdício de dinheiro. De fato é muita grana, mas a gente não quer só comida... E a festa encanta quem se dá ao trabalho de parar para ver. Claro que tem quem não curte e acha que samba enredo é tudo igual e que desfile é só bunda de fora e plumas. Eu não acho tudo igual, até aprendi alguns sambas esse ano e cantei a plenos pulmões toda vez que eles tocavam. E os blocos, que sucesso! Lotados em sua maioria. Zona Sul, Norte, Centro, tudo cheio de blocos. A prefeitura contabilizou 200, mas diz-se que foram mais de 400. Faltou banheiro público (o aroma das calçadas era enlouquecedor) e a Comlurb trabalhou como se fossem 4 dias de reveillon. Quem passou na Cinelândia depois do Bola Preta sabe do que estou falando... E o trânsito, hein? Um certo caos reinou no carnaval com tantos blocos se cruzando, mas quem liga? O que me irrita mesmo são os ambulantes com carirnhos no meio dos blocos, passando com as rodas em cima do pé da gente. Cadê o choque de ordem????? Muita loucura nesse tal de carnaval, né não? Mas vamos falar da Lapa. A Lapa teve dias de glória, com blocos, gente fantasiada e fila nas casas noturnas para curtir os bailes. Uma beleza! Bom, tudo isso era só pra dizer que esquizofrenia tem em todo lugar, basta olhar com atenção, e que depois do carnaval retomo os temas originais do blogue...

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Carnaval

Posted by Flor de Lotus on 06:08

Vem chegando o carnaval, momento mais brasileiro do ano. A crise, tão real e próxima, parece não ter afetado os festejos dessa semana. As pessoas já andam agitadas pelas ruas, comprando fantasias e adereços ou preparando as malas. Os mais pessimistas, apenas comentam: enfim o ano vai começar. Com a festa, ao menos a economia pode respirar um pouco, pois diz a lenda que os turistas virão.

Pois é, no meio de tantos desempregos, dívidas e medo, fico me perguntando que fantasia vai colar esse ano. Temos alguns fortes candidatos – óbvios – como Obama e o mosquito da dengue. Não sei o que vai pintar de novo pelas ruas alegres da cidade, mas eu, que ando cada vez mais desmemoriada, arriscaria uma fantasia de post it. O problema é fazer os simpáticos papeizinhos amarelos resistirem colados à folia.

Algumas fantasias insólitas que vi podem se repetir, como grama (um vestidinho de grama artificial e uma placa de “não pise na grama”), rolo de papel laminado usado, táxi (nem é bizarro, só engraçadinho), remédio tarja preta, escova de dentes e outras coisas bizarras. Minha amiga Fofa, mestra das fantasias, disse que esse ano vai se fantasiar de peixe. Mas Fofa, o mar não está pra peixe! Cuidado, hein? Uma sereia seria mais romântico (eu sou incorrigível...), mas peixe também tem seu charme, né? Vamos ver se fica mais bonita que a Margarida do ano passado. Um esclarecimento: a Margarida em questão não é a flor e sim a namorada do Pato Donald.

Como eu não tenho a habilidade da Fofa para criar fantasias, vou seguindo com minhas asinhas de borboleta compradas ano passado e com a orelha de pantera cor de rosa mesmo... O que importa é que vamos pular e nos divertir na esperança que a crise comece a se diluir... Será que eu devia me fantasiar de esperança, aquele inseto bonitinho de asa verde???

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Retalhos de Cetim

Posted by Flor de Lotus on 11:03

Reflexos da Crise Mundial (minha versão para Retalhos de Cetim…)

Trabalhei dobrado o ano inteiro
Várias vezes nem dormi
Gastei minha energia
Era muita agonia

Pra fechar um bom projeto
A proposta estava tão bonita
Era tudo que o cliente quis
Impressão especial
Eu ralei o mês inteiro
O cliente prometeu comprar

Mas chegou a crise mundial
E ele não comprou nada
Me danei, meu amigo me danei
Perdi o projeto, o emprego e tudo mais…

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O original:

Retalhos De Cetim

Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era tudo o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
A Mangueira (Minha escola) estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei

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Dr. Laing

Posted by Flor de Lotus on 11:01

Recentemente, procurando uma referência no google, deparei-me com frases curiosas de um senhor. Fui procurar mais frases e ler sobre a vida dele e descobri que o senhor em questão – R. D. Laing – era um psiquiatra que estudava a esquizofrenia e propunha métodos diferenciados de tratamento. Tudo a ver com o blog, né? Cito algumas de suas frases e poemas para seu deleite.

1:“A vida é uma doença sexualmente transmissível, que tem cem por cento de taxa de mortalidade.”


2:“Eu não me respeito
Eu não posso respeitar a ninguém que me respeite
Eu só posso respeitar alguém que não me respeite
Respeito Lucio
porque ele não me respeita
Desprezo Luís
porque ele não me despreza
Somente uma pessoa desprezível
pode respeitar alguém tão desprezível quanto eu
Não posso amar alguém a quem desprezo
Logo, como amo Lucio
Não posso acreditar que ele me ama”

3:
"Eles estão jogando o jogo deles.
Eles estão jogando de não jogar um jogo.
Se eu lhes mostrar que os vejo tal qual eles estão,
quebrarei as regras do jogo
e receberei sua punição.
O que devo, pois, é jogar o jogo deles,
o jogo de não ver o jogo que eles jogam."

4:
“A sociedade valoriza os homens normais. Educa as crianças para se perderem e se tornarem absurdas e, assim, normais. Os homens normais mataram talvez cem milhões de outros homens normais nos últimos cinqüenta anos. (...)A identidade da pessoa não pode ser completamente abstraída de sua identidade-para-os-outros; de sua identidade-para-si-mesma; da identidade que os outros lhe atribuem; da identidade que ela atribui aos outros; da identidade ou identidades que julga que lhe atribuem, ou que pensa que eles pensam que ela pensa que eles pensam...”

5:“Identidade” é aquilo pelo qual a pessoa se sente a mesma, neste lugar, neste momento, como naquele momento e naquele lugar, no passado ou no futuro; é aquilo pelo qual se identifica.
Tenho a impressão de que a maioria das pessoas tende a achar que são os mesmos seres contínuos, desde o nascimento até a morte.
E esta “identidade”, quanto mais fantasiosa, tanto mais defendida será.

A “identidade” torna-se às vezes um “objeto” que alguém possui ou julga que perdeu e se põe a procurar.
Inúmeras fantasias primitivas estão ligadas à identidade e sua objetificação.
A busca de “identidade” tão freqüentemente hoje invocada não passa às vezes de um cenário de fantasia.

Intensa frustração resulta do fracasso na busca daquele “outro” exigido para o estabelecimento de uma “identidade” satisfatória”*.

*LAING, Ronald David. O Eu e os Outros. O Relacionamento Interpessoal. Tradução de Áurea Brito Weissenberg. Petrópolis, Vozes, Lisboa, Centro dói Livro Brasileiro, 1972.

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