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Liderança

Posted by Flor de Lotus on 08:14

Fiz um curso muito interessante sobre liderança uns meses atrás. Ele trazia o conceito de liderança servidora (conhecido pelo livro “O Monge e o Executivo”), apresentava o estilo de liderança de cada um (utilizando o teste SDI), falava sobre stress e sobre equilíbrio. Uma coisa curiosa que foi dita foi que não existe líder nato. Eu sempre acreditei que havia, mas o curso bateu no conceito de que liderança é construída (oba, tenho chances...).
O teste SDI merece um capítulo a parte. Ele classifica os estilos de liderança em três cores básicas e as misturas entre elas. O azul representa o líder mais humano, preocupado com as pessoas. O verde é o estilo que investe em planejamento acima de tudo e ao gosta quando as coisas saem do roteiro. O vermelho é o preocupado com resultados, mesmo que isso signifique ser mais agressivo para que as coisas aconteçam. Há ainda o branoc, que mistura as três cores, o verde-azul, o verde-vermelho, o azul-vermelho, que mesclam as características de duas cores. O teste mostra a sua cor em momentos calmos e a cor de momentos de estresse. Eu fiquei no azul-vermelho em momentos calmos e vermelha em estresse. Achei que tinha tudo a ver comigo e não achei vergonha nenhuma ser vermelha, afinal sempre fui voltada a resultados. O espanto foi que quase todos da turma achavam que os vermelhos eram os vilões, exceto eu e os outros dois vermelhos presentes...
Achei curioso esse pânico do vermelho. Nenhuma cor é ruim, nem totalmente boa. O segredo é perceber a cor do outro em um momento de conflito ou apenas de convívio e pegar emprestado um pouco de sua cor para que o relacionamento role de forma mais tranqüila. Conhecer nossa cor e forma de reagir frente a conflitos ajuda a perceber nossas posturas. Conhecer a cor do outro ajuda a buscar a melhor postura e ter êxito.
No final do curso, depois de várias atividades, vários azuis e verdes acabaram se mostrando mais vermelhos do que eu... embora ainda tenham ficado relutantes em assumir seu lado vermelho.
Ao final do curso tivemos que escrever uma carta para nós mesmos, a nos ser enviada alguns meses depois. Essa semana recebi a minha carta, que transcrevo abaixo:

Como ser um líder melhor?
O primeiro passo é refletir sempre. Reservar um momento para pensar é algo útil. Por vezes é difícil se perceber, mas conforme vamos digerindo as percepções, as coisas ficam mais claras.
O segundo passo (ou aprendizado) é partir para a ação sem ser impulsiva. Esse é um bom desafio para mim.
O terceiro é ler o outro e me adaptar ao seu estilo. Eu não preciso ser eu mesma o tempo todo, desde que não perca minha essência.
Por fim, praticar sempre e acreditar na minha capacidade. Errar não é o fim, mas é o que ensina a lapidar o líder que há em mim.
SP, agosto de 2010.

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Eu sempre soube que você tinha um talento para ser A vilã... ;)

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