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Twitter

Posted by Flor de Lotus on 11:02

Nós somos ricos em idéias e adaptações, faz parte da natureza do ser humano em sua busca pela sobrevivência e satisfação. Venho ouvindo falar de Twitter por aí, mas não sabia exatamente o que era. Fui ao twitter de alguém e achei aquele troço muito parecido com um fórum de alguma comunidade. No último final de semana pude ler o artigo da Revista Época sobre o tema e fiquei pasma de não ter percebido o que de fato era o tal twitter. Ele funciona como uma comunidade, onde se coloca pequenos posts, de no máximo 140 caracteres. Ao aderir ao twitter a pessoa seleciona algumas outras para acompanhar (seguir) e começa a acumular seguidores do seu próprio pedacinho virtual. Dá pra usar o celular pra seguir nas atualizações. E qual é a pergunta básica do site do twitter? “O que você está fazendo?” E as pessoas simplesmente vão respondendo, ao longo do dia. Coisas banais (ou nem tanto) sendo acompanhadas por desconhecidos. E em velocidade alucinante.
Os mais modernos, arrojados, novos que me desculpem, mas não pude deixar de lembrar de George Orwell e seu grande irmão do livro 1984. Daí a introdução a esse post. Publicado em 1949 quando o autor se revoltou com o totalitarismo, o livro relatava um futuro cinzento, onde o governo dominava tudo e existia a figura do Grande Irmão, que tudo vigiava. Não bastava termos invertido o sentido do grande irmão de Orwell com o nosso homônimo reality show (onde as pessoas se colocam no centro das atenções voluntariamente), agora aprimoramos ainda mais a exposição voluntária, potencializando em muito as possibilidades. Qualquer um pode se expor no twitter e qualquer um pode seguir. Não me entendam mal, sou totalmente a favor dessa brincadeira, tanto como sou usuária de orkut, msn e fã de carteirinha de torpedos sms. Só fico pensando se as pessoas estão preparadas para seguirem e serem seguidas e o que faz com que essas novidades sejam tão atraentes para tanta gente. Afinal, o que tme de relevante em dizer o tempo todo o que estamos fazendo? Ou será que era justamente pra não ser relevante? Ai, tantas dúvidas...
Não quero filosofar, só levantar algumas bolas. Seria um sintoma da nossa correria mundana? Seria carência? Seria histeria coletiva? Não sei, mas intuo que em breve minha filha estará usando isso, então é melhor eu conhecer (experimentar, talvez...) para poder saber o que é quando ela incorporar com enorme naturalidade esse jeito novo de se comunicar com o mundo...

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